O governador do Paraná disse, nesta sexta-feira (23), que o estado não vai mais permitir tarifas altas de pedágio. Segundo Ratinho Junior (PSD), as próximas concessões devem ter tarifas baixas e mais obras.
A afirmação do governador veio durante lançamento das obras de modernização no Trevo Gauchão e de uma duplicação de 4,4 quilômetros da PR-323, em Umuarama, no noroeste do Paraná.
Ratinho Junior falou sobre o assunto, pois o tema que está sendo amplamente discutido, uma vez que os atuais contratos de concessão de rodovias no Paraná para concessionárias de pedágio terminam em novembro deste ano. A frente parlamentar que trata do assunto na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) tem cobrado mudanças do governo do estado.
“O Paraná foi, desculpa a expressão, estuprado durante 24 anos com esse modelo de pedágio. Eu não vou mais admitir isso, nem a população admite”, disse o governador Ratinho Junior.
Conforme o governador, as conversas com o Ministério da Infraestrutura têm evoluído e caminham para encontrar uma forma de fazer as concessões de um jeito diferente.
“Temos deixado um posicionamento muito claro com o ministério. A exigência que eu fiz para o ministro foi: tarifa mais baixa, tem que ter muita obra e tem que ser na bolsa de valores para empresa picareta não participar dos novos leilões, das novas concessões”.
Ratinho Junior disse que, “só tarifa baixa não resolve”. Segundo o governador, as rodovias paranaenses precisam de obras.
“Porque tarifa baixa sem obra, vamos ficar com estrada velha. Então tem que ter tarifa baixa, muita obra para duplicar muitos quilômetros no Paraná e fazer as rodovias mais modernas, e tem que ser na bolsa de valores”.
O objetivo da discussão é encontrar, conforme o governador, um modelo que seja justo.
Discussão sobre tarifas
Há duas semanas, o Governo do Paraná mudou de ideia e passou a defender o modelo da menor tarifa na concessão dos pedágios no estado. Os primeiros estudos do Ministério da Infraestrutura previam o modelo híbrido para as concessões.
Desta forma, ganharia o leilão a empresa que desse o maior desconto na tarifa, limitado a 17%. Em caso de empate, venceria a disputa quem pagasse mais dinheiro para o Governo Federal, o que é conhecido como outorga.
A promessa era de tarifas até 67% mais baixas. O Governo do Paraná chegou a anunciar a proposta, que começou a receber muitas críticas, então avisou que a proposta ainda não estava fechada e que iria definir com a participação da sociedade.
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(Via G1 Paraná)