A família de Eronilda Ferreira dos Santos, de 38 anos, entrou em contato com a nossa equipe para relatar a situação da mulher, que passou cerca de 20 dias com o bebê morto em seu ventre.
De acordo com as informações dos familiares, Eronilda fez um exame de ultrassonografia no dia 2 de julho, que mostrou que o feto havia morrido. Com o exame e um encaminhamento médico em mãos, ela procurou atendimento no Hospital São Rafael para que a criança fosse tirada. Na instituição, segundo a família, ela não passou por nenhum procedimento cirúrgico e foi orientada a procurar o pronto atendimento municipal.
Com fortes dores abdominais e dispensando líquido da placenta, a mulher procurou atendimento médico por diversas vezes no pronto atendimento. Ela era medicada, tomava soro e era liberada. Em um dos atendimentos, o médico receitou um medicamento que provocaria um aborto espontâneo. A medicação não foi fornecida no SUS.
No final de semana, com apoio, a família conseguiu que Eronilda fosse internada no Hospital Universitário em Londrina. Segundo as informações, após a realização de exames foi constatado que ela estava com infecção renal e a placenta estava grudada nas trompas. Eronilda não resistiu e entrou em óbito ontem (22) pela manhã, após duas paradas cardíacas. A família acredita que houve negligência médica nesses 20 dias em que a mulher passou com dores.
Nossa equipe de reportagem entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde para receber um parecer sobre o caso, mas até o fechamento desta matéria não obteve retorno.
Daiane Valentin
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