Duas ex-alunas do ginecologista e obstetra Felipe Sá procuraram nesta segunda-feira (19) a Delegacia da Mulher de Maringá, no norte do Paraná, e relataram ter sido abusadas pelo professor.
Elas devem prestar depoimento nesta terça-feira (20). Além de médico, ele deu aulas em faculdades do município.
Felipe Sá está preso desde a última quinta-feira (15) na Cadeia Pública de Maringá. Ele é investigado por violação sexual mediante fraude, importunação sexual e estupro de vulnerável.
A defesa do ginecologista afirmou que está analisando as provas e se manifestará no processo.
Ao todo, 21 mulheres já denunciaram o médico por abusos sexuais. Sete vítimas prestaram depoimento nesta segunda.
De acordo com o delegado Dimitri Tostes Monteiro, responsável pelo caso, as denúncias feitas pelas alunas indicam, em tese, que os “comportamentos desviados também seriam praticados no plano acadêmico” por Felipe Sá.
O Conselho Regional de Medicina disse em nota que instaurou procedimento para apurar a denúncia de possível desvio ético e que o trâmite está sob sigilo.
As investigações
Felipe Sá começou a ser investigado em janeiro de 2023, após a denúncia de três pacientes.
De acordo com a polícia, o médico só será ouvido após todas as vítimas prestarem depoimento.
O delegado Dimitri Tostes Monteiro explica, segundo as investigações, o ginecologista usava o espaço profissional para cometer os supostos abusos.
“Utilizava esse expediente aí, esse universo de fragilidade feminina para supostamente praticar esses atos sexuais”, disse.
O delegado afirma também que as investigações não encontraram no histórico do médico qualquer formação em hipnose.
“A gente fez um estudo bem, bem amplo sobre a vida acadêmica dele, a gente não achou qualquer curso de formação sobre a temática envolvendo hipnologia. A gente acredita que ele tentou utilizar esse artifício justamente pra facilitar o emprego dessa suposta prática criminosa”, diz o delegado.
Com informações:G1
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