Conforme Marildo Oliveira, de Lidianópolis, coordenador da Patrulha Ambiental do Rio Ivaí, na ponte do Porto Ubá, por exemplo, a medição feita nesta semana era de 70 centímetros do fundo. No período de cheia no local, o nível chega cerca de dois metros.
Segundo Oliveira, o patamar normal do Rio Ivaí sobre a ponte é de 0,90 a 1,5 metro. Por conta da vazão em queda, a Patrulha Ambiental do Rio Ivaí recomendou que os pescadores tenham consciência com relação à pesca. “Nesta situação de baixa das águas, principalmente nos saltos e cachoeiras os peixes se tornam presa fácil. Apesar desses pontos serem proibidos, as pessoas que não tem consciência acabam fazendo uma pesca predatória”.
Ainda segundo Oliveira, para tentar amenizar a pesca predatória, a Patrulha Ambiental do Rio Ivaí tem feito patrulhamento. “Nós temos autorização do Ministério Público para fiscalizar aqui na região 110 quilômetros do Rio Ivaí (de Ivaiporã até São João do Ivaí). Só na últimas semanas nós recolhemos mais de mil metros de redes que estavam armadas irregularmente”, comenta.
Em São João do Ivaí, o pescador profissional Milton da Silva, diz que com o rio baixo a reprodução dos peixes também pode ser afetada. “O rio quando está alto, o peixe sobe desova com a situação de agora, o peixe não tem condição de subir para desovar. Isso é muito preocupante”, comenta.
Silva que nasceu e mora no local há 52 anos disse que nunca o Rio Ivaí tinha passado por uma situação igual a essa. “No fundo da minha casa que no nível normal é em torno de um 1,5 m de profundidade, hoje o rio está com 40 centímetros de água. Tem lugar que nem água está passando, só tem alguns pequenos canais do rio que está passando água”, completa.
No Vale do Ivaí, a Sanepar aplica planos contingenciais visando o abastecimento regular em oito sistemas, onde rios ou poços estão com vazão até 80% menor do que a média histórica: Apucarana, Lunardelli, Borrazópolis, Jandaia do Sul, Marilândia do Sul, Faxinal, Mauá da Serra e Distrito de Pouso Alegre (Jardim Alegre).
ALERTA
O Simepar alerta que o período de estiagem no Estado deve se estender pelo menos até setembro, criando um cenário de seca ao logo do outono e do inverno. Com isso, os mananciais levarão ainda mais tempo para recuperar as condições normais de abastecimento.
Via:TN On Line
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