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Policial

Emprego de R$ 2,3 mil para secretária, mas contratante pergunta: “Você ficaria comigo pela vaga?”

A estudante universitária de 20 anos, moradora de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) ficou muito interessada ao ver num grupo de empregos do Facebook o seguinte anúncio:

A estudante, que prefere não ter o nome divulgado, disse que enviou a mensagem para o suposto contratante de um escritório de Arquitetura no bairro Batel, em Curitiba. No começo, ela conta que o suposto contratante deixou claro que era fundamental ter boa aparência.

“Bom dia. Peço desculpas pois recebi quase 700 mensagens de candidatas sobre a vaga. Confesso que muitas pessoas vão ficar sem respostas. Mas sua foto me chamou atenção, afinal quem não quer uma secretária bonita. Enfim sobre a vaga, seria para ser minha secretária particular no meu escritório de arquitetura, marcar reuniões, agendar visitas aos clientes, me auxiliar e me acompanhar nestas visitas.
Segunda à sexta-feira das 8:00 ao meio dia e das 14:00 às 18:00.
Salário de R$2.350,00 + vale transporte + vale refeição.
Não Necessário experiência.
Se tiver interesse aguardo seu retorno com (nome, idade, onde mora e algumas fotos suas)
Se eu demorar a responder me chama por volta das 22:00 que é um horário que estou mais tranquilo“, disse ele em uma das mensagens.

A jovem conta que mandou outras três fotos, todas de rosto, e mandou uma mensagem a ele no horário que orientou. Nesta segunda conversa pelo whats, o suposto contratante disse que ela era muito linda e foi direto ao assunto: “Você ficaria comigo pela vaga?”

 

 

 

 

“Não acreditei naquela conversa. Perguntei se a vaga era de verdade e ele me mostrou um print do celular dele em que aparecia 800 mensagens que tinha recebido de mulheres em busca da vaga e disse que só me diria o endereço do escritório se eu realmente demonstrasse interesse pelo emprego. Foi então que o bloqueei no whats”.

A estudante disse que tentou fazer Boletim de Ocorrência pela internet, já que a orientação é não ir até as delegacia por causa da pandemia, mas não encontrou nenhuma opção que se enquadrasse no caso dela.

A Banda B procurou a Polícia Civil que informou que, em casos mais complexos, a pessoa deve ir pessoalmente até uma delegacia para que uma investigação seja aberta. Importante que a vítima ligue no Distrito Policial antes para saber o melhor horário. Entre outros crimes, o suposto contratante pode ser acusado de assédio sexual.

“Fico imaginando quantas mulheres desesperadas por emprego estão caindo nesta conversa dele. Por isso vou à polícia denunciar para que ele não engane ninguém”, completou a jovem.

Essas e outras informações na nossa programação Rádio Cultura AM 930

Via Banda B

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