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Em menos de dois meses, três crianças foram mortas por familiares no Norte do Paraná

Em menos de dois meses, três crimes violentos contra crianças chocaram a população da região Norte do Paraná. Nos três casos, há suspeita de que a vítima tenha sido morta por um familiar.

Em Rolândia, Eduarda Shigematsu, de 11 anos, foi morta por estrangulamento no último dia 24 de abril. A avó, Terezinha de Jesus Guinaia, registrou um Boletim de Ocorrência no dia seguinte, afirmando que a menina havia desaparecido.

Após quatro dias de investigação, a Polícia Civil encontrou o corpo da menina enterrado em uma das residências do pai, Ricardo Seidi. Ele confessou ter ocultado o cadáver de Eduarda, mas nega ter matado a criança. Ele e a avó foram presos – Ricardo por ser o principal suspeito do crime e Terezinha por colaboração. O inquérito ainda não foi concluído.

 

 

No dia 17 de maio, o pequeno Wyllan Henrique Penteado Rodrigues, de um ano e sete meses, foi encontrado morto na residência da avó, Michele Penteado Rodrigues, em Porecatu. O menino morava com a avó em uma casa que não tinha condições mínimas de higiene – segundo a Polícia Civil, no local havia lixo, restos de comida e bagunça por toda parte.

Michele foi presa por ter negligenciado os cuidados básicos com a higiene e saúde da criança e ter causado sua morte. De acordo com as investigações, o menino não foi alimentado por dias antes de sua morte e estava doente – a avó não lhe dava os remédios necessários. O bisavô e a mãe do bebê também respondem pelo crime, pois sabiam da situação em que a criança vivia e nada fizeram.

 

 

Na última terça-feira (18), Sophia Emanuelly, de um ano e um mês, chegou morta a UPA de Arapongas. O pai, Roger da Silva Ribeiro, afirmou que a criança havia morrido engasgada com leite materno enquanto era amamentada. Exames feitos pelo médico legista do IML de Apucarana constataram que a menina foi vítima de estupro. O pai é o principal suspeito do crime.

A mãe da menina, Eduarda da Silva Bernardo, e a avó materna, Maria Aparecida da Silva, estão presas porque a Polícia Civil entendeu que elas sabiam dos abusos sexuais sofridos por Sophia e nada fizeram. Roger e Eduarda têm outras duas filhas – uma recém-nascida e outra de 4 anos – que foram entregues ao Conselho Tutelar.

 

 

 

Apesar das prisões dos familiares suspeitos, a indignação por parte da população e o clamor por justiça continuam. Casos de violência contra crianças e adolescentes devem ser denunciados pelo Disque 100. A ligação é gratuita e pode ser feita de forma anônima.

Texto: Daiane Valentin

Mais informações na programação da Rádio Cultura AM 930

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