Depois de muita polêmica, a discussão sobre as futuras concessões de pedágio no Paraná deve chegar a Brasília, com pressão da bancada federal para que o Ministério da Infraestrutura aceite realizar o leilão pela menor tarifa, sem cobrança de taxa de outorga e sem limite de desconto.
O senador Flávio Arns (Pode) propôs a realização de uma audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado para discutir a proposta da União, até agora rejeitada pelos deputados estaduais e entidades empresariais paranaenses.
Inicialmente, o Ministério propôs licitação com modelo híbrido por menor tarifa, com cobrança de outorga como critério de desempate, além de desconto limitado a 17%, e degrau tarifário de 40% após as duplicações de rodovias.
Após as críticas generalizadas de lideranças do Estado, o ministro Tarcísio Freitas anunciou que não haveria mais cobrança de outorga, e que o dinheiro arrecadado seria reinvestido nas próprias concessões. A proposta, porém, não surtiu efeito.
Todos os 54 deputados da Assembleia Legislativa assinaram manifesto defendendo a licitação por menor preço, com o pagamento de uma caução para garantir as obras.
O governo paranaense, que inicialmente apoiava o modelo híbrido, passou também a defender a licitação por menor tarifa, diante da reação das lideranças políticas e empresariais do Estado.
Segundo fontes governistas da Assembleia, o governador Ratinho Júnior (PSD), que deve disputar a reeleição em 2022, teme o desgaste que novas concessões do pedágio possam trazer na campanha.
Com informações:Bem Paraná/Foto: Franklin de Freitas
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