As detentas da Cadeia Pública de Arapongas estão revoltadas com Eduarda da Silva Bernardo, mãe da pequena Sophia Emanuelly, de apenas um ano e um mês. A criança morreu na noite da última terça-feira (18), após ter sido abusada sexualmente. O principal suspeito do crime é o pai da menina, Roger da Silva Ribeiro. Ele nega os abusos.
As presas que estão na mesma cela que Eduarda e sua mãe, Maria Aparecida da Silva, relataram que estão revoltadas com o crime contra a criança. Muitas delas também são mães e não aceitam esse tipo de violência contra um bebê. Segundo o áudio enviado por uma delas, Eduarda foi agredida dentro da cadeia e confessou que sabia dos abusos.
De acordo com os relatos, Eduarda contou que Roger havia abusado da filha desde a sexta-feira (14) anterior à sua morte. A mãe afirmou às presas que não denunciou o marido por ter medo dele. Ainda de acordo com a detenta, nem a mãe nem a avó derramaram sequer uma lágrima pela atrocidade cometida contra a criança.
Ouça os áudios:
A pequena Sophia Emanuelly, de apenas um ano e um mês de idade, foi levada pelo pai para a UPA, na terça-feira (18) à noite. Roger afirmou à equipe de atendimento que a filha estaria passando mal após ter engasgado com o leite materno durante a amamentação, versão que foi confirmada pela avó. Quando foi examinar a criança, o médico percebeu que ela já estava sem vida e com hematomas na região genital e uma perfuração no pescoço. Os exames feitos pelo legista confirmaram que a bebê foi vítima de estupro.
A polícia e o Conselho Tutelar foram acionados. Os policiais foram até a casa de Roger. Além da bebê de um ano, outras duas crianças moravam com o casal – uma menina recém-nascida e outra de 4 anos. Roger foi preso e as crianças encaminhadas ao Conselho Tutelar. A mãe e a avó foram presas por omissão – segundo a polícia, elas sabiam do crime e nada fizeram.
Em entrevista exclusiva à rede de rádios na manhã de quarta-feira (19), o delegado-chefe da 22ª Subdivisão Policial de Arapongas, Maurício de Oliveira Camargo, que investiga o caso, relatou que o médico legista que examinou o corpo da criança afirmou que a morte da criança foi causada pelo violento abuso sexual sofrido por ela.
Doutor Maurício afirmou que o estado das lesões na região genital da criança chocou até o próprio legista, que afirmou que nunca havia visto nenhuma situação parecida em todos os seus anos de carreira. O delegado e toda a equipe de investigadores ficaram estarrecidos e alguns membros da equipe nem conseguiram olhar para o corpo, tão grave era a situação em que se encontrava.
Ouça a entrevista com o delegado, na íntegra:
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