A crise no abastecimento de medicamentos e de insumos no Paraná segue em escalada, a ponto de hospitais, clínicas e distribuidoras estarem com dificuldade para conseguir soro fisiológico. A solução, que mistura cloreto de sódio e água estéril, é usada em grandes volumes para fazer infusão nas veias em hospitais, para diluir remédios a serem aplicados na veia ou no músculo e para fazer a limpeza de feridas, por exemplo. Além disso, o insumo é considerado básico para tratamentos de hemodiálise, já que as máquinas usadas precisam ser limpas com soro fisiológico entre um paciente e outro.
Na semana passada o Ministério da Saúde já havia admitido que acompanha a falta de 86 substâncias em todo o país, entre as quais constam antibióticos, antialérgicos e contraste iodado, além do próprio soro fisiológico. Uma situação que se reflete em prateleiras vazias de farmácias e de hospitais e que, para piorar, não há estimativa para normalização, o que faz aumentar o risco de desabastecimento de medicamentos – um risco já admitido pelo próprio ministério e também pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
No Centro de Doenças Renais e Associados (Cedra), o médico e responsável técnico Carlos Alberto conta que o soro fisiológico ainda é encontrado no mercado, mas não na escala necessária. Com a escassez, os preços também dispararam: se há dois meses eles pagavam entre R$ 3,90 e R$ 4,10 por um frasco de 500ml do produto, hoje o mesmo frasco está saindo por R$ 28 ou R$ 29.
Com informações:Bem Paraná
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