O filho dela fez um exame toxicológico que comprovou a ingestão de clonazepam. A Polícia Civil de Votuporanga Investiga outras crianças que também teriam sido medicadas com a substância que possui efeito calmante e só pode ser usado com orientação e acompanhamento médico.
“Fiquei desesperada, desconcertada. Um sentimento de angústia, de revolta, porque eu também trabalho na educação. Não dá para acreditar que isso aconteceu. Até agora eu procuro respostas, porque não dá para entender”, diz Keli Nascimento Antoniolo.
Keli conta que ele saiu desacordado da creche Valter Peresi e foi submetido a exames de sangue e de urina. Ambos apontaram a presença do clonazepam. A mãe procurou a Secretaria de Educação para fazer um relatório de queixa.
“A primeira vez que ele desmaiou ele tinha apenas sete meses. É uma mistura de sentimento muito grande porque você entrega seu bem mais precioso e confia no profissional para acontecer isso. Meu filho fez todos os exames depois disso tudo e não tem nada. Ele é saudável.”, diz Keli.
Além desse caso, outra mãe que prefere não se identificar diz que o filho, aluno da mesma creche, também apresentou os mesmos sintomas quando tinha sete meses, assim que começou a frequentar o local. Ela chegou a levar a criança desacordada para o hospital.
“Ficou um dia e meio na semi UTI e um dia no quarto. Os médicos fizeram todos os tipos de exame, tomografia, ressonância e ninguém sabia o que tinha acontecido com ele”, afirma.
A Polícia Civil abriu um inquérito e suspeita que este não seja um caso isolado. Cerca de 20 pessoas, entre parentes das crianças e funcionários da escola, já prestaram depoimento na delegacia que investiga o caso.
O inquérito já conta com mais de 100 páginas e deve ser concluído em um mês. Até agora a polícia já identificou seis crianças, alunos da mesma escola, que apresentaram quadro clínico parecido.
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Via Portal G1