O Conselho Nacional de Saúde (CNS) rebateu a decisão do Ministério da Saúde de restringir a imunização de adolescentes. Em nota publicada nesta sexta-feira (17), o CNS recomenda que o governo federal “mantenha a vacinação de todos os adolescentes de 12 a 17 anos” contra a Covid-19.
O CNS é uma instância colegiada, deliberativa e permanente do Sistema Único de Saúde (SUS), parte da estrutura organizacional do ministério. Também nesta sexta, o conselho reprovou as contas da pasta referentes ao ano de 2020.
Sobre a imunização dos adolescentes, o órgão informou em nota que, “até o momento, não há qualquer comprovação de relação da morte do jovem com a vacina contra a Covid-19”, citando o caso de um paciente de 16 anos que morreu oito dias após a aplicação da 1ª dose.
Nesta noite de sexta, o governo de São Paulo informou que o óbito, ocorrido em 2 de setembro, está associado a uma rara doença autoimune. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se reuniu com a Pfizer, fabricante da única vacina autorizada para a faixa etária, e manteve a autorização de uso.
Direito da população
Ainda em seu posicionamento, o CNS afirmou que “a vacinação, além de ser a melhor evidência para que seja conferida a redução de casos e óbitos decorrentes da Covid-19, e de ser um direito da população brasileira, ainda não atingiu o alcance necessário para uma situação epidemiológica controlada”.
Restrição amplamente criticada
O ministério da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou na quinta a decisão de restringir a vacinação de adolescentes contra Covid-19 apenas aos grupos prioritários (deficiência permanente, comorbidades e privados de liberdade).
Via:G1
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