O Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen) confirmou caso de meningite bacteriana em criança de um ano e dois meses que morreu há uma semana, no dia 8.
Greicy César do Amaral, do setor de Epidemiologia da 15ª Regional de Saúde, informa que o exame apontou para o tipo Streptococcus que, em geral, é menos letal que a Neisseria meningitidis, o tipo mais temido por conta da rápida evolução do quadro.
“Havia uma suspeita clínica de que poderia ser este o caso, mas o laudo indicou para a Streptococcus”, afirma Greicy Amaral. “Cada criança reage de uma forma à doença. Não sabemos há quanto tempo ela manifestava sintomas em casa. Infelizmente o quadro evoluiu para a morte”.
Na prática, a descoberta do tipo bacteriano da doença que vitimou a criança não exigirá intervenção, uma vez que, na ocasião em que foi levantada a suspeita, ações de profilaxia preventiva e de isolamento foram realizados.
“Não há motivo para preocupação neste momento”, destaca ela.
Ações
Na quinta-feira da semana passada (7), o município foi informado de um caso suspeito de meningite bacteriana. Na sequência foi adotado o protocolo do Ministério da Saúde. Vinte alunos e 3 professores da creche que a criança frequentava receberam tratamento profilático com antibióticos.
O nome da instituição de ensino não foi divulgado. Na última sexta-feira, no dia da morte da criança, as 23 pessoas receberam quatro doses da medicação, com intervalo de 12 horas. A creche também passou por higienização.
Vacina
A assessoria de imprensa da prefeitura informou que um novo lote de vacina Meningogócica C chega nesta segunda-feira (18). O motivo da falta foi indisponibilidade de estoque dos centros de armazenagem no Ministério da Saúde.
“A recomendação é que os pais mantenham em dia a carteira de vacinação das crianças. O mesmo vale para os adolescentes e adultos, que podem ser portadores assintomáticos de doenças bacterianas”, reforça Greicy Amaral.
A meningite bacteriana é transmitida de pessoa para pessoa, através de gotículas de saliva ou secreção expelidas por indivíduos infectados ao falar, tossir, espirrar ou beijar. O quadro típico é de febre alta, rigidez da nuca, intensa dor de cabeça e prostração. Em caso de suspeita, procure rapidamente atendimento médico.
Mais informações na programação da Rádio Cultura AM 930.
(Via O Diário)