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Com superlotação em centro de reintegração, Justiça autoriza prisão domiciliar a parte de detentos, em Londrina

A Justiça autorizou que parte dos presos do Centro de Reintegração Social de Londrina (Creslon), no norte do Paraná, fique em casa, em prisão domiciliar. A medida foi tomada devido à superlotação da unidade, que foi interditada para novos detentos.

A decisão foi tomada pelo juiz corregedor dos presídios em Londrina, após uma inspeção a pedido do Ministério Público do Paraná (MP-PR).

Conforme a vistoria, a unidade, com 248 vagas, chega a ter mais que o dobro de presos.

O Creslon é um centro de ressocialização para presos que cumpriram a maior parte da pena ou que cometeram crimes de menor gravidade.

Muitos deles têm o direito de trabalhar ou estudar e só voltam para passar a noite na unidade.

A inspeção apontou falta de dormitórios suficientes, de ventilação e iluminação, refeições em local impróprio, água e sanitários inadequados, tratamentos desumano e degradante devido à superlotação.

Conforme a decisão, por causa dessas condições, o juiz corregedor dos presídios determinou a interdição parcial, proibindo a entrada de novos presos até que se respeite o limite da capacidade.

Além disso, determinou que parte dos presos atuais e de novos detentos além deste limite deverá ser autorizada a passar as noites em casa, com tornozeleira eletrônica e sem poder sair das 20h até as 6h.

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