A China transformou em lei nesta sexta-feira (20) a regulamentação que autoriza casais a terem até três filhos, em uma tentativa de aumentar o crescimento populacional, que enfrenta queda desde 2017.
A medida havia sido anunciada em maio deste ano, mas só agora foi transformada em lei.
Na década de 1970, a China adotou uma política de filho único por casal, para tentar controlar a alta taxa de natalidade da época. O país abandonou essa política em 2016, substituindo-a por um limite de dois filhos, mas isso não foi suficiente para levar a um aumento sustentado de nascimentos.
O custo de criar os filhos nas cidades desencorajou muitos casais chineses.
A taxa de natalidade vem caindo no país desde 2017, mesmo com a flexibilização em 2016 da política do filho único. Demógrafos advertem que a China pode registrar o mesmo fenômeno de Japão e Coreia do Sul, que sofrem com excesso de idosos em comparação ao número de jovens e trabalhadores.
A taxa caiu para 10,48 a cada mil habitantes em 2019, o nível mais baixo desde a fundação da China comunista, em 1949. Foram 14,65 milhões de nascimentos.
Em 2020, ano marcado pelo início da pandemia do novo coronavírus, o número de nascimentos caiu ainda mais, para 12 milhões.
População em queda
A população da China chegou a 1,411 bilhão de habitantes em 2020, segundo os resultados do seu censo, realizado a cada 10 anos. Em comparação à pesquisa de 2010, a população chinesa cresceu 5,38% (72 milhões de habitantes), segundo o Departamento Nacional de Estatísticas.
G1
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