Duas unidades do CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) de Londrina – a que atende crianças e a outra para dependentes químicos – estão na mira do Ministério Público (MP). A promotoria dos direitos à saúde cobra da prefeitura a ampliação do horário de funcionamento e questiona o baixo número de pacientes atendidos.
Crianças com transtornos psiquiátricos são atendidas no CAPS infantil na Vila Nova. Mas as portas só ficam abertas em dias úteis e horário comercial. Não existe pronto atendimento especializado para essa idade. O Ministério Público cobra da Secretaria de Saúde ampliação dos horários até que se tenha oferta 24h.
O MP também quer atendimento 24 horas para dependentes químicos. O CAPS AD, Centro de Atendimento Psicossocial Álcool Drogas, fica no Conjunto Milton Gavetti, na zona norte, e também é limitado ao horário comercial, apenas durante a semana. Em caso de crise de abstinência, por exemplo, eles só podem ser atendidos no pronto-socorro de pacientes psiquiátricos, no Alto da Boa Vista.
O Ministério Público questiona o número considerado pequeno de atendimentos familiares a dependentes químicos: foram 197 nos quatro primeiros meses do ano. Os atendimentos domiciliares somaram 43. De acordo com uma pesquisa feita pela promotoria em parceria com universidades de Londrina, a população de rua da cidade é composta por mil pessoas quase todas dependentes de álcool e outras drogas. O secretário municipal de saúde, Felippe Machado, alega que tanto o CAPS Infantil quanto o CAPS AD em Londrina são nível 2 e não comportam leitos de internamento.
Seria necessário reivindicar ao Ministério da Saúde a construção de uma unidade nível 3. O município, no entanto, teria de dar uma contrapartida ao projeto e como tratar equipes de profissionais especializados. A gestão passada chegou a solicitar a ampliação, mas não pode implementar o projeto por falta de recursos. O atual secretário pretende recomeçar o processo.
Fonte: Tarobá News
Mais informações na programação da Rádio Cultura AM 930