Pelo menos 101 casos de raiva em animais foram registrados no estado em 2022, de acordo com dados da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar). Do total, 91 deles foram em bovinos.
A maior parte dos casos foi registrada na região oeste do estado.
A raiva é uma doença transmitida por morcegos que se alimentam do sangue animal, segundo a agência. A contaminação também pode acontecer por meio de um arranhão ou contato com a saliva. O vírus ataca o sistema nervoso.
A Adapar explica que todos os mamíferos podem pegar a doença, inclusive humanos. A raiva não tem cura e a vacina é a única forma de prevenção.
Em Cascavel, 47 animais morreram por raiva em 41 propriedades. Segundo a Adapar, o surto começou em 2021 após um período de 15 anos sem registro.
Procedimento
Em uma propriedade familiar de Cascavel, a raiva matou um boi que o produtor rural Rogério Karvat engordava para consumo. Ele conta que quando os sintomas apareceram, não pensou que pudesse ser a doença.
Após a morte do animal, o produtor rural comunicou a Adapar. Uma amostra do cérebro do boi foi coletada e encaminhada para exame, que confirmou a suspeita de raiva.
Segundo a agência, o animal não deve ser sacrificado, porque isso pode mudar o resultado do exame.
“Fiquei surpreso, assustado e com dó de ver o animal agonizando e ter que esperar morrer, não pode sacrificar”, afirmou o produtor.
Vacinação
A recomendação dos veterinários é de que a primeira vacina contra a raiva seja aplicada em animais com três meses de idade. Após 30 dias, uma dose de reforço deve ser aplicada e, depois disso, a vacinação deve ser anual.