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Policial

Caso Sara: “Penso que ela está em alguma casa brincando, que vai chegar a qualquer momento”, relata mãe da menina

A mãe de Sara Emanuele Silva, de apenas 9 anos, estuprada e morta pelo padrasto no último final de semana em Londrina, afirma que não consegue acreditar na morte da filha. “Foi um baque na família inteira, a ficha ainda não caiu. Eu penso que ela está em alguma casa brincando, que vai chegar a qualquer momento. Mas tem que ir colocando na cabeça que não volta mais”, disse a mãe, aos prantos em entrevista à TV Tarobá.

A mulher preferiu não se identificar. Ela relatou na entrevista que havia se envolvido com Sandro de Jesus Machado, autor do crime, há 9 anos. Na época, Sara era apenas um bebê e Sandro sempre a havia criado como uma filha, sem levantar qualquer suspeita. O casal tem outros dois filhos. Segundo a mãe, ele tinha uma outra filha e tratava Sara do mesmo modo como tratava a outra criança.

Segundo o relato da mãe, no sábado (20) Sandro levou Sara para o fundo de vale onde o cadáver foi encontrado depois, a pretexto de recolher algumas garrafas pet. Quando ele voltou, questionado pela mãe sobre onde estava a filha, ele disse que havia ido tomar banho e que não tinha visto mais a criança.

A mãe relata que outras pessoas afirmaram ter ouvidos gritos de criança e visto a menina dentro de um carro, versão que Sandro contou à polícia quando registrou o suposto desaparecimento da filha. “Ele mesmo pegou o telefone e ligou para a delegacia e fez o B.O.”

No domingo (21), o corpo da menina foi encontrado por populares no fundo de vale. Ela estava seminua, apenas vestindo uma camiseta. Próximos ao corpo foram encontrados outras peças de roupa, uma nota de R$ 5 e um preservativo usado.

Com medo da represália da população que o ameaçava, Sandro se entregou à polícia e confessou o homicídio, no primeiro depoimento. Em novo depoimento prestado ontem (22), ele confessou também ter estuprado a menina e que a matou depois com medo de que ela contasse sobre o abuso sexual.

O padrasto foi autuado por homicídio, agravado por estupro e ocultação de cadáver. “Eu quero justiça, o que ele fez não existe num pai. É uma monstruosidade. Do jeito que eu vi ela não consegui ver mais depois”, afirma a mãe.

Informações da TV Tarobá

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