Desembargadores da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) decidiram nesta quinta-feira (16), por três votos a dois, manter a condenação de Beatriz Abagge pelo desaparecimento e morte do menino Evandro Ramos Caetano. A defesa pode recorrer.
O episódio registrado em abril de 1992, em Guaratuba, no litoral do Paraná, ficou nacionalmente conhecido como Caso Evandro. O menino tinha seis anos e sumiu no trajeto entre a casa onde morava e a escola.
A manutenção da condenação de Beatriz foi definida em julgamento de recurso apresentado pela defesa dela no qual pedem a anulação das condenações ou o reconhecimento da inocência, além de indenização por danos morais e materiais.Nas redes socias, Beatriz Abagge disse que “já esperava” a decisão e sinalizou que deve recorrer. A defesa dela complementou que aguarda a inclusão ao processo da íntegra dos votos do julgamento desta quinta para apresentar recurso.
Antes da sessão, o Ministério Público do Paraná (MP-PR), disse que aguardaria o resultado para uma eventual manifestação sobre o caso.
O recurso foi apresentado após a defesa de Beatriz alegar que gravações em fita comprovam que ela e outros réus confessaram os supostos crimes mediante tortura. As gravações foram reveladas por série documental da Globoplay, baseada no podcast Projeto Humanos, do jornalista Ivan Mizanzuk.
Em 2022, o Governo do Paraná formalizou um pedido de desculpas a Beatriz por “sevícias indesculpáveis” sofridas por ela à época da investigação do caso.
A carta é assinada pelo então secretário estadual de Justiça, Trabalho e Família, Ney Leprevost. No documento, ele afirma que, após ver a série documental, formou convicção pessoal de que Beatriz e “outros condenados no caso foram vítimas de torturas gravíssimas”.
Com informações:G1/PR
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