O Superior Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) decidiu na tarde desta terça-feira (27), pela transferência do Tribunal do Júri do caso Eduarda Shigematsu para outra cidade, porém o novo local e a data ainda não foram definidos.
O júri popular do caso que aconteceria em março desde ano em Rolândia, foi suspenso pelo Supremo Tribunal de Justiça.
Um habeas corpus foi concedido para Ricardo Seidi, que é réu junto com sua mãe Terezinha de Jesus Guinaia.
O advogado do acusado alegou que em Rolândia, cidade em que o crime aconteceu, haveria comoção popular e o resultado seria prejudicado.
Relembre o caso
A criança desapareceu em 24 de abril de 2019, em Rolândia. De acordo com o Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride), no dia do desaparecimento, a criança foi para a escola de manhã, voltou para casa, deixou a mochila no sofá e não foi mais vista.
Conforme a Polícia Civil, câmeras de segurança registraram a menina chegando em casa por volta das 12h de quarta-feira (24), mas não mostraram ela saindo. Por volta das 13h30, o pai saiu de casa em um carro preto e, às 13h37, ele chegou ao imóvel onde o corpo foi encontrado. Esse carro não foi localizado pela polícia.
Quatro dias depois, a Polícia Civil encontrou o corpo enterrado nos fundos de uma casa que pertence ao pai da menina, Ricardo Seidi. O homem foi preso e confessou ter enterrado o corpo após, segundo ele, ter achado a garota morta.
Seidi foi preso por suspeita de ocultação no mesmo dia em que o corpo foi achado. A avó de Eduarda, Terezinha Guinaia, foi presa em 30 de abril suspeita de envolvimento no crime.
Eduarda nasceu quando a mãe dela tinha 16 anos. Jéssica Pires perdeu a guarda da menina logo depois de se separar de Ricardo Seidi.
O advogada da mãe de Eduarda disse que aguarda a realização do julgamento.