O Ministério da Infraestrutura e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgaram comunicado no qual informam que, às 6h desta segunda-feira, 1, todas as rodovias federais, concedidas ou sob gestão do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), encontravam-se com fluxo livre de veículos, não havendo nenhum ponto de retenção total ou parcial.
Lideranças dos caminhoneiros autônomos, transportadores de cargas, convocaram motoristas para uma paralisação a partir de hoje. Entre outras reivindicações, os caminhoneiros querem redução de cobrança de PIS/Cofins sobre o óleo diesel, o aumento e cumprimento da tabela do piso mínimo do frete, estabelecido em 2018 após a paralisação de 11 dias, modificação da redação do projeto 4199/2020, o BR do Mar, sobre cabotagem, aposentadoria especial para o setor, um marco regulatório do transporte, entre outros pedidos.
Na Grande Curitiba, paralisação estava marcada para ser iniciada no Posto Costa Brava, em Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), às margens da BR-116. Para evitar a interrupção do trânsito por parte dos caminonheiros foram mobilizados ao menos 14 viaturas da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Militar, Polícia Civil e helicópteros. Cumprindo uma determinação judicial, a concessionária não teria sinalizado a pista com cones, o que teria impedido os caminhões de irem para a pista.
“Eles estão nos coagindo com esse monte de viaturas”, disse o presidente do Conselho Nacional dos Transportes Rodoviários de Cargas (CNTRC), Plínio Dias, que reclamou que, apesar da notificação encaminhada à concessionária, a empresa não fez a sinalização da pista com cones.
Dias disse que encaminhou um novo documento à concessionária solicitando a colocação dos cones de sinalização na pista. “Eles terão mais duas horas para sinalizar a pista”, afirmou. Ele relatou que a entidade já teria encaminhado às concessionárias que sinalizassem a pista desde a zero hora. “Se não acontecer, o que acontecer ficará sob a responsabilidade da empresa”, afirmou.
Neste domingo (31), um áudio de uma conversa entre o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e uma liderança local de caminhoneiros, circulou em grupos de Whatsapp, no qual o ministro afirma não ter possibilidade de atender alguns dos principais pedidos do segmento. Tarcísio de Freitas confirmou ao Estadão a autenticidade do áudio e confirmou que a conversa ocorreu no sábado (30), mas disse que se tratava, apenas, de esclarecer o papel do governo em cada demanda, o que é possível fazer e o que não é.
O Ministério da Infraestrutura informa, ainda, que boletins sobre o fluxo de veículos serão atualizados periodicamente e “estão baseados em informações do centro de controle da Polícia Rodoviária Federal”.
Com informações:Bem Paraná/Foto: Franklin de Freitas
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