O brasileiro Anderson Barbosa, réu por ter matado a esposa e a filha no Japão, preferiu não revelar detalhes dos crimes que é acusado no primeiro depoimento dado à Justiça Federal. Ele está preso desde 14 de julho, quase um ano após os assassinatos.
Barbosa é natural de Londrina, norte do Paraná. O advogado de defesa Jessé Conrado informou que “a acusação é injusta e excessiva”
Segundo a polícia japonesa, a mulher do brasileiro, Manami Aramaki, 29 anos, e a filha do casal, Lily, de apenas três anos, foram mortas com golpes de faca durante o café da manhã, na casa onde moravam na cidade de Osaka.
De acordo com a Polícia Federal (PF), Barbosa fugiu dois dias depois para o Brasil, onde ficou foragido até o mês passado. Ele foi preso em São Paulo (SP) e levado até o Complexo Médico Penal (CMP) de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
O depoimento
Barbosa foi ouvido em audiência de custódia, dias após ser preso. Durante a sessão, ele apenas explicou as circunstâncias que vivia no Brasil antes de ser preso.
“Eu estava saindo com uma pessoa de 87 anos que estava cuidando e com uma outra pessoa que estou conhecendo há aproximadamente 4 meses, pode-se dizer que é minha namorada. A gente chamou um motorista de aplicativo, e nesse momento chegou a polícia. Os policiais apontaram a arma pra todo mundo”.
Nesta semana, a Justiça Federal negou um pedido da defesa para que Barbosa responda o processo em liberdade.
A Polícia Federal deve agendar um novo depoimento para que ele explique especificamente sobre o dia que as mortes aconteceram.
Denúncia
Na denúncia aceita pela Justiça, o Ministério Público Federal acusou o brasileiro de duplo homicídio qualificado.
De acordo com o MPF, Barbosa cometeu o crime porque não queria terminar o relacionamento com a esposa, que manifestou esse desejo “em virtude do comportamento abusivo e violento do acusado
Negou ter matado a filha
Segundo a polícia, Anderson Barbosa trocou mensagens com uma amiga logo após as mortes, onde negou ter matado a filha. A conversa consta no inquérito da Polícia Federal (PF).
Conforme as mensagens, Barbosa disse:
“Eu não matei a minha filha, somente a minha esposa. Ela tirou a vida da minha filha. Não teve outra alternativa”.
Conforme a PF, não há indícios de que a mãe tenha assassinado a própria filha.
Por causa de um acordo de cooperação jurídica internacional fechado com o Japão, Barbosa ficará no Brasil, onde será julgado pela Justiça Federal.
G1
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