O Portal do Norte do Paraná
Brasil

Brasil tem 8.674 obras paralisadas; lista inclui construções das gestões anteriores de Lula e de Dilma

O Brasil terminou o ano de 2022 com 8.674 obras públicas paralisadas em todo o país, de acordo com o painel de dados feito pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O conjunto, iniciado em 2018, aponta obras que se arrastam desde 2007, por exemplo, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciava seu segundo mandato. O valor total dessas obras é de R$ 27,22 bilhões, segundo o órgão.

O tribunal aponta o mau planejamento – decorrente de projetos básicos deficientes, falta de contrapartida e falta de capacidade técnica dos executores dos empreendimentos – como a principal causa para uma obra não ser concluída. “Chegou-se à conclusão de que o mau planejamento dos empreendimentos é o principal fator de paralisação de obras tanto de baixo como de alto valor”, aponta o órgão.

A área que possui a maior quantidade de obras paralisadas é a educação (3.993), como escolas e creches inconclusas. Depois vêm infraestrutura e mobilidade urbana (569), com pavimentação de vias e recapeamento parados; e esporte (480), com ampliação de campo de futebol e construção de quadra poliesportiva sem terminar.

Na sequência, vêm turismo (449), com a construção paralisada de portais em entradas de municípios e reforma de teatros; saneamento (407), com projetos de drenagem e de estabelecimento de água não terminados; e saúde (289), com unidades básicas e hospitais ainda a serem concluídos.

Para Rafael Arruda, advogado especializado em direito administrativo e doutorando em direito público pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro, a não governança nas contratações públicas pode resultar em “desalinho entre atuação administração e interesse público”.

“Planejamento relaciona-se às ideias de eficiência e economicidade. Em administração pública, é imprescindível que haja adequado planejamento das contratações públicas. Uma administração pública que atua sem planejamento, de maneira desprofissionalizada, com improvisos, comete maiores erros e desperdiça recursos públicos escassos. Sem governança nas contratações públicas, a realidade em que temos obras paralisadas e verbas públicas mal empregadas tenderá a se perpetuar, num completo desalinho entre atuação administrativa e interesse público”, afirmou.

“Se é certo, como o dito popular, de que a pressa é inimiga da perfeição, parece fazer sentido que, em matéria de obras públicas, a administração gaste mais tempo no seu planejamento, um bom planejamento, do que na sua execução”, completou o especialista.

Com informações:R7

MAIS INFORMAÇÕES NA RÁDIO COBRA FM 107.1

Postagens relacionadas

Pfizer diz que entrará com pedido na Anvisa para que vacina contra a Covid possa ser aplicada em crianças

Cobra News (User)

Após decisão do STF, Bolsonaro cancela nomeação de Ramagem para direção da PF

Resultados do Enem serão divulgados dia 13 de fevereiro; gabaritos saem nesta quarta

Cobra News (User)

Deixe um comentário

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você esteja de acordo com isso, mas você pode optar por não participar, se desejar. Aceitar Leia mais