A seleção brasileira venceu a segunda partida na Copa América. Fez 4 a 0 no Peru, na noite desta quinta-feira, no estádio Nilton Santos, o Engenhão, e chegou a seis pontos na liderança do Grupo B. A equipe, agora, só volta a atuar quarta-feira, quando enfrenta a Colômbia, segunda colocada da chave com 4 pontos, no mesmo local.
O péssimo gramado do Engenhão – a Copa América foi organizada às pressas e aceitou jogar nos lugares que colocaram à disposição – com certeza contribuiu para o futebol pouco inspirado da seleção. Não faltou empenho nem disciplina tática. Mas jogadas de qualidade técnica e mesmo de trocas de passe foram raras. E teve momentos na parte final do primeiro tempo que o Peru até esteve melhor em campo.
Tite prosseguiu com seus testes. Ederson entrou no gol, Fabinho do meio de campo e Everton Cebolinha no ataque. Thiago Silva voltou à zaga. O treinador também e experimentou nova alternativa de o time atuar.
Com Cebolinha bem aberto, o lateral esquerdo Alex Sandro teve liberdade para penetrar pelo meio. Foi assim que saiu o gol do Brasil, aos 11 minutos. Alex Sandro lançou Cebolinha e foi para a área marcar com a perna direita após Gabriel Jesus escorar para o meio cruzamento do ex-gremista.
Essa foi a primeira conclusão certa da seleção – Fred havia tentando m minuto antes, mas o chute saiu torto. A seleção ainda teria oportunidades claras com Fabinho, aos 24 minutos, e com o próprio Alex Sandro, já no fim da etapa.
Ao se defender, a seleção formava duas linhas de quatro. Com isso, o Peru, apesar de ter mais posse de bola na etapa, não chegava com perigo. Na única vez, aos 38 minutos, Danilo evitou gol de Cueva, em bola que havia passado por Ederson.
O problema era ao atacar. Neymar tinha liberdade de movimentação, mas, como ele jogava bem adiantado e o time estava com dois volantes, a equipe ficava espaçada e tinha dificuldade na construção. E Gabigol ficou isolado.
Para corrigir o problema, Tite colocou Everton Ribeiro no lugar de Gabigol. Ele entrou pela direita e Gabriel Jesus a revezar com Neymar pelo meio do ataque. E Richarlison assumiu o lugar de Cebolinha na esquerda.
O time ficou mais compacto e passou a se impor. Aos 14 minutos, Neymar caiu numa disputa com Tapia. O árbitro Patricio Losteau deu o pênalti, mas, chamado pelo VAR, após rever as imagens várias vezes, mudou a decisão.
Não teve problema para Neymar. Aos 22 minutos, ele recebeu na entrada da área, aproveitou o espaço dado pelo marcador e chutou rasteiro, cruzado, para fazer 2 a 0. Foi o 68.º dele pela seleção. É o segundo maior artilheiro. Pelé tem 77 em jogos oficiais.
Naquela altura, o Brasil era praticamente absoluto em campo. Teve chance de ampliar com Richarlison, o próprio Neymar e Firmino até aumentar aos 43 minutos com Everton Ribeiro, chegar à goleada com Richarlison, aos 46, ambos os gols em boas tramas do ataque, e consolidar sua liderança tranquila no Grupo B.
FICHA TÉCNICA
BRASIL – Ederson; Danilo (Emerson), Eder Militão, Thiago Silva e Alex Sandro (Renan Lodi); Fabinho, Fred e Neymar; Gabriel Jesus (Firmino), Gabigol (Everton Ribeiro) e Everton Cebolinha (Richarlison). Técnico: Tite.
PERU – Gallese; Corzo, Christian Ramos, Abram e Marcos López; Tapia, Yotún (Arias), Carrillo, Cueva (Távara) e Penã (Iberico); Lapadula (Valera). Técnico: Ricardo Gareca.
GOLS – Alex Sandro, aos 11 min do 1º tempo. Neymar, aos 22, Everton Ribeiro, aos 43, e Richarlison, aos 46 min do 2º tempo.
ÁRBITRO – Patricio Losteau (ARG).
CARTÕES AMARELOS – Christian Ramos, Yotún, Gabriel Jesus, Távara.
LOCAL – Estádio Nilton Santos, no Rio.
(Foto: Divulgação / Conmebol)
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