A nova edição do Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz, publicada nesta quinta-feira (8/7), reafirma tendência de melhora nas taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS) pela quarta semana consecutiva.
A análise, que compreende o período entre 20 de junho e 3 de julho, destaca que pela primeira vez neste ano não houve aumento das taxas de incidência ou de mortalidade em nenhum estado. Nas duas últimas semanas foram observadas quedas no número de casos novos e no número de óbitos.
“Ainda não se pode afirmar que essa tendência é sustentada, isto é, que vai ser mantida ao longo das próximas semanas, ou se estamos vivendo um período de flutuações em torno de um patamar alto de transmissão, que se estabeleceu a partir de março em todo o país”, alertam os pesquisadores.
Mesmo com redução expressiva no número de casos, as taxas de incidência de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) ainda são muito altas em vários estados. Em sua maioria, esses números indicam casos graves de Covid-19.
Os pesquisadores também afirmam que os padrões observados nos últimos meses evidenciam uma redução da taxa de mortalidade, parâmetro não acompanhado pela taxa de incidência. Esse cenário pode ser resultado do avanço da campanha de vacinação, que atingiu os grupos mais vulneráveis em um primeiro momento.
Estes avanços vão configurando novos cenários. No momento atual, o curso da pandemia segue com mudança gradativa do perfil etário de casos internados e óbitos. O rejuvenescimento, com expressiva concentração entre a população adulta jovem, traz novos desafios com relação às formas de enfrentamento da pandemia, como os relacionados a garantia da cobertura vacinal no maior estrato populacional do Brasil (30 a 59 anos), e reconhecer situações específicas de vulnerabilidade, requerendo abordagens mais adequadas às novas faixas etárias, e um aprofundamento das discussões sobre a repercussão da pandemia nestes estratos populacionais.
Ainda em relação ao rejuvenescimento, o novo Boletim traz resultados sobre a percepção de jovens de diferentes regiões e realidades sociais sobre os efeitos da pandemia em suas vidas e na sociedade, com resultados que vão na contramão do efeito de culpabilização dos jovens.
Via:Bem Paraná
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