Brasileira, natural de Cambé e chefe de cozinha, Talita Azevedo, de 30 anos, mora com o marido, Alexandre Casabranca, na Inglaterra quando descobriu de que estava grávida de uma menina. Aos sete meses de gravidez, recebeu um diagnóstico: a criança tinha hidrocefalia, doença que provoca o aumento do volume de líquido no cérebro. Com a pressão, o órgão tem uma dilatação anormal, que pode provocar a morte da criança. Em Londres, procurou ajuda dos médicos, que indicaram como melhor saída o aborto, mesmo com a gravidez avançada. O procedimento é legalizado por lá há 50 anos.
Insatisfeita e sem esperança, Talita não se contentou com as indicações dos médicos ingleses e, com ajuda da família, resolveu voltar ao Brasil para procurar assistência médica. Com 37 semanas, a água no cérebro da bebê Ana Liz havia aumentado. Os médicos da equipe do Hospital Evangélico de Londrina, então, anteciparam o parto e buscaram a sobrevivência da criança. O neurologista Carlos Zicareli, junto a obstetra Lilian Vacari, foram os responsáveis pelo procedimento. Zicareli explica que a doença é comum, mas o procedimento adotado, nem tanto.
Com a antecipação do parto e o implante da válvula em seguida, Ana Liz depois de 13 dias não tinha mais inchaço na cabeça, os resultados são surpreendentes. Até o momento, o desenvolvimento dela é normal. Talita explica o sentimento de quase perder uma filha e, semanas depois, ter ela saudável em seus braços.
Via CBN