Uma resolução do governo do estado do Paraná, nesta semana, com aprovação da Secrataria Estadual de Saúde (SESA) dividiu opiniões: a ampliação no número de alunos por sala de aula nas escolas da rede pública de ensino do estado, além de municípios e particulares. Pela medida, o distanciamento entre as carteiras, que era de 1,5 metro, passa a ser de 1 metro.
Para o diretor da APP Sindicato de Londrina, Márcio André Ribeiro, a medida é extremamente preocupante porque aumenta também os risco de contaminação pela covid-19 para os trabalhadores da educação, sua famílias, os alunos e também as famílias deles.
O professor reforça que a abertura indiscriminada que vem acontecendo em todos os segmentos do estado, inclusive na educação, pode colaborar para um agravamento da pandemia, principalmente considerando o potencial das variantes. “Nós queremos voltar de forma completa, é o melhor jeito de se trabalhar, mas ainda não é possível, não é responsável. Em um país sem estrutura séria e eficaz para o combate da disseminação, nossa única arma é a vacina. Mas é preciso, pelo menos, 70% da população do país imunizada. De forma completa, com duas doses e o tempo adequado para poder se expor. Não estamos protegidos ainda, por volta de 25% da população do Paraná está vacinada apenas”, comentou Ribeiro.
Além disso, o professor coloca que as escolas já não estavam devidamente preparadas para receber um público menor, muito menos para ampliar essa capacidade. “Não há funcionários, não há recursos, não há equipamentos de segurança. As salas de aula vão virar lugares de aglomeração. Quem acha que escola é um ambiente seguro é porque não conhece absolutamente nada de educação, não conhece a rotina dentro de uma escola, não conhece o comportamento das crianças em grupo nesse espaço. Definitivamente, a escola não é um ambiente seguro”, finaliza.
Via:Tem Londrina
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