Com nove votos favoráveis em candidatura única, o vereador Alex Santana (PSD) foi eleito presidente da Câmara Municipal de Rolândia na sessão ordinária ontem (1º). A escolha ocorreu na sessão seguinte à desistência do cargo do então presidente, o correligionário de Santana, Eugênio Serpeloni, protagonista de um vídeo íntimo acidentalmente compartilhado pelo celular em um aplicativo de mensagens no início do mês passado.
Para assumir a presidência era necessário o voto de no mínimo cinco vereadores, incluindo o do próprio candidato. Na ocasião apenas a vereadora Edilene Griggio (PSC) decidiu se abster.
Com o resultado, Santana assume a presidência do legislativo rolandense para o biênio 2019-2020 já nesta terça-feira (2). Questionado se deve haver mudanças nos cargos cuja competência de escolha é do presidente, Santana avaliou que sim. “Provavelmente alguma mudança vai acontecer, vai ser outra gestão, é outro presidente, algumas peças vão ser mexidas”, ponderou. A Câmara de Rolândia possui oito profissionais em cargos comissionados.
O vereador foi reeleito em outubro de 2016 com 1.057 votos e já havia ocupado a principal cadeira da Casa entre abril e dezembro do ano anterior.
Para alguns munícipes a eleição do vereador não foi uma surpresa, uma vez que desde o início dessa legislatura Santana vem sendo a principal voz de oposição ao prefeito Luiz Francisconi Neto (PSDB) na Casa. As duras críticas ao prefeito tucano ganharam mais destaque com a deflagração da operação Patrocínio, do Gepatria (Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa), que apresentou ação civil pública à Justiça contra Francisconi, seis secretários municipais, servidores e empresários que prestavam serviços no município, acusados de cometimento de organização criminosa.
No entanto, antes mesmo da deflagração da operação, Santana já havia conseguido aprovar a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito que investigou a relação entre a empresa Somopar e a administração. O relatório foi apresentado em outubro e lido por Alex Santana, então presidente da CPI. Na ocasião os vereadores não confirmaram que Francisconi teria fraudado um processo licitatório para favorecer a Somopar em troca de cheques que somavam R$ 150 mil e, segundo o Ministério Público, teria sido o “pagamento” da empresa na forma de doação de campanha.
Eleições municipais
Mesmo assim Santana não considera que faça uma oposição “sistemática”, embora, quando questionado se será o nome do PSD na corrida pela Prefeitura em 2020, tenha confirmado que é pré-candidato.
“Tem aquela oposição ‘não sábia’ que tudo o que vem vota contra só porque é oposição. Eu não vejo dessa forma, se é em benefício da população o projeto que o prefeito manda, temos que aprovar, defender porque é de interesse da coletividade. Agora, situações de irregularidades, desvio de dinheiro, verbas públicas utilizadas de forma incorreta, aí eu sou oposição”, avaliou.
Com informações da Folha de Londrina
Foto: Arquivo/Câmara
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