A família da pequena Laura, de 2 anos, está fazendo uma rifa de um jogo de tapetes. O número custa R$ 5 e o sorteio será no dia 6 de setembro. Segundo Ana Claudia Camargo, mãe da criança, os recursos arrecadados com a venda serão utilizados integralmente para custear o tratamento da pequena, que tem Diabetes tipo 1 e faz uso de um aparelho medidor de glicemia cuja manutenção custa caro à família, que mora em Rolândia.
Ana Claudia conta que Laura foi diagnosticada há quatro meses – ela passou 15 dias internada em Londrina. Além da pouca idade, o que agrava o quadro clínico da menina é que ela é assintomática, o que significa que ela não apresenta sinais visíveis quando os níveis de glicemia em seu organismo baixam ou aumentam demais.
Laura faz uso de insulina e sua condição também demanda uma alimentação saudável. Ana Claudia deixou o emprego para se dedicar aos cuidados com a saúde da filha em período integral. O pai de Laura trabalha, mas a renda da família ficou comprometida. O casal tem duas filhas.
Ana Claudia explica que o médico orientou que a medição de glicemia seja feita 10 vezes ao dia. Para facilitar o monitoramento sem causar transtornos à criança com os procedimentos de furadas, foi recomendado o uso de um aparelho chamado Libre. Junto com o aparelho, é utilizado um sensor, que é colocado na pele de Laura para medir com exatidão os valores de glicemia no organismo da criança.
O tratamento melhora a qualidade de vida da menina. No entanto, sai caro para a família – o sensor, que precisa ser trocado a cada 14 dias, custa, em média, entre R$ 230 e R$ 280. São cerca de R$ 500 da renda familiar comprometidos por mês com o tratamento. A família recebeu um aparelho, Libre, por meio de uma doação anônima, mas está custeando os valores dos sensores.
De acordo com Ana Claudia, para auxiliar nos custos, está sendo promovida a rifa. Quem puder adquirir pode entrar em contato com a mãe pelo número (43) 9 9813 2397. Quem preferir, pode comprar e doar os sensores para a pequena Laura.
Ana Claudia relata ainda que para conseguir que o aparelho para o tratamento seja fornecido pelo SUS (Sistema Único de Saúde) é preciso entrar com uma ação judicial. Entretanto, a médica especialista do SUS que acompanha Laura só pode fazer um pedido para ser levado em juízo quando a criança completar 5 anos.
Os pais estão tentando alguma maneira de conseguir esse pedido por especialista particular. Enquanto isso, os valores arrecadados com a rifa serão utilizados para auxiliar no tratamento.
Daiane Valentin
Mais informações na programação da Rádio Cultura AM 930