A Justiça mandou o acusado de matar a menina Rachel Genofre, em 2008, a júri popular. Carlos Eduardo dos Santos, que está preso, será julgado por homicídio triplamente qualificado mediante meio cruel e ocultação do corpo, com possibilidade de aumento da pena em um terço em caso de condenação.
A juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler, da 1ª Vara Privativa do Tribunal do Júri da Região Metropolitana de Curitiba, também determinou a transferência dele para Sorocaba (SP), onde estava preso cumprindode 25 anos por outros crimes, como estelionato.
O acusado foi identificado somente em setembro de 2019 por exame de DNA, 11 anos após a morte da menina. Após a identificação, ele deu detalhes e confessou o crime. A data do júri ainda não está marcada. A defesa de Carlos Eduardo dos Santos tem até cinco dias após a intimação para recorrer da pronúncia.
O crime
Rachel foi encontrada morta dentro de uma mala na Rodoviária de Curitiba em 5 de novembro de 2008, dois dias após desaparecer no caminho entre a casa e a escola. Durante todos estes anos o crime parecia insolúvel, até que o cruzamento de dados de bancos genéticos nacionais chegaram até o suspeito.
O principal responsável pela elucidação do assassinato de Raquel Genofre, que estava há 11 anos sem solução, foi o esforço conjunto do governo federal e dos governos estaduais do Paraná e de São Paulo na coleta de perfis genéticos de criminosos. Peritos fizeram um mutirão de coleta de DNA de presos em São Paulo, dentro do Projeto de Identificação de Condenados pelo Perfil Genético desenvolvido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Os dados apontaram para um match genético com o material coletado sobre o corpo de Rachel Genofre.
Com informações: Bem Paraná/Foto: Henry Milléo