O desabamento de dois prédios residenciais no início da manhã de sexta-feira (12), na comunidade da Muzema, na zona oeste do Rio de Janeiro, deixou ao menos sete mortos.
Na madrugada deste sábado (13), os bombeiros resgataram mais dois corpos, de um homem e de uma mulher. No total, cinco pessoas morreram no local.
Segundo o Corpo de Bombeiros, dez pessoas foram socorridas com vida. Uma das vítimas foi levada à unidade da Unimed na Barra da Tijuca, mas não resistiu e morreu.
Um menino de 12 anos, identificado como Hilton, chegou a ser retirado do prédio com vida por bombeiros na noite de sexta, após uma operação de resgate que levou horas –seu corpo estava preso sob os escombros, parcialmente soterrado por pedras. Foi levado ao hospital Miguel Couto, mas não resistiu. Seus pais ainda estão desaparecidos.
Os bombeiros continuam o trabalho de busca por 12 desaparecidos.
A região é de difícil acesso, está sob o domínio de milícias e os veículos de resgate estão tendo dificuldades para chegar ao local, por conta do excesso de lama, recorrência das chuvas da última segunda (8). O local foi bastante castigado pelo temporal que alagou ruas, avenidas, casas e matou dez pessoas em várias partes da capital fluminense.
Obras
Segundo os primeiros relatos dos sobreviventes, os edifícios tinham quatro e seis andares e ainda estavam em obras. Ao menos quatro famílias viviam nas construções. Antes da queda, foram ouvidos grandes estalos na estrutura.
O prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), esteve no prédio que desabou na manhã desta sexta. Ele saiu sem falar com a imprensa e foi vaiado por moradores da região. A prefeitura informou apenas que os prédios eram irregulares.
“As construções, além de irregulares, são construídas por leigos, pessoas que devem ter trabalhado em uma obra apenas, visto como faz e feito esses modelos aí. Todos os prédios que estão ali correm esse risco, por terem sido feitos por leigos. Eu contei uns 60 prédios ali em uma olhada rápida”, disse à Globo Jorge Mattos, coordenador da comissão de análise e prevenção de acidentes do Rio.
O governador do estado, Wilson Witzel (PSC), lamentou as mortes. “Infelizmente, já há mortos e feridos vítimas do desabamento da Muzema. Situação lamentável, que acompanho com atenção”, escreveu no Twitter.
A Defesa Civil isolou uma grande área no entorno do acidente porque, segundo os moradores, nos prédios vizinhos aos que desabaram também foram registrados grandes estalos.
Informações: Folhapress
Foto: Jose Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo
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