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Preço do feijão dispara em Londrina, produto some e já faz falta na merenda

A baixa produtividade do feijão chegou aos partos de merenda das escolas municipais de Londrina. A leguminosa tipo carioquinha, consumida pelos alunos da rede municipal, teve a safra prejudicada pelas variações de tempo e o fornecedor, contratado em agosto de 2018 para fornecer cerca de 6 toneladas ao mês, não tem o produto disponível para entrega.

A secretária de Educação, Maria Tereza Paschoal de Moraes, afirma que a situação deve estar normalizada na próxima semana. Entretanto, até lá, a merenda será composta de arroz, carnes e legumes.

O prejuízo para a safra elevou os preços nas gôndolas dos supermercados: segundo o Deral (Departamento de Economia Rural, ligado à Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento do Paraná), o quilo do “feijão cores” saltou de R$ 3,90 em dezembro de 2018 para R$ 7,14 no varejo, uma alta de 83% em apenas dois meses.

Em comparação com fevereiro do ano passado, quando o produto custava R$ 3,14, em média, o aumento foi de 117,5%.

Segundo Maria Tereza, a Secretaria de Educação paga R$ 2,70 no quilo do produto, com base em licitação datada de agosto de 2018, com validade de um ano. “O feijão carioquinha está faltando no Brasil todo. Nós licitamos por este preço, mas, não choveu, reduziu a produção e houve essa alta”, explica a secretária. Ainda de acordo com ela, o fornecedor disse que seus estoques serão repostos até a próxima semana e as entregas, normalizadas.

Tipo único

Em casos de disparadas de preços, especialistas sugerem a substituição por produtos semelhantes – o feijão pode ser substituído por outros tipos ou até mesmo por lentilha e grão-de-bico. Entretanto, a licitação era bem específica apenas para o carioquinha, o tipo mais consumido pelos londrinenses.

Maria Tereza explica que a substituição depende da aceitação dos alunos e que a falta do produto provocou uma reflexão na administração municipal no tocante às próximas compras. “Nós tempos de pensar: ‘como podemos diversificar a merenda para não faltar nutrientes?’ A ideia é pensar em testes de aceitabilidade das crianças. Neste momento, existe uma questão cultural da preferência pelo feijão, mas, talvez valha a pena inserir o feijão preto uma vez por semana ou a lentilha uma vez por mês”, exemplifica.

Via Folha de Londrina

Foto ilustrativa.

 

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