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Londrina confirma primeira morte em decorrência da dengue

A Prefeitura de Londrina, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), confirmou, nesta quarta-feira (9), a primeira morte em decorrência da dengue no município. A paciente era do sexo feminino, tinha 73 anos e múltiplas comorbidades. Ela faleceu no dia 25 de março, no Hospital da Zona Sul, e morava na região leste de Londrina. A informação foi divulgada no novo boletim epidemiológico sobre a dengue, divulgado hoje (9).

A paciente iniciou os sintomas da doença no dia 6 de março e procurou o serviço de saúde apenas no dia 11 do mesmo mês, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Centro-Oeste, onde foi transferida para o hospital secundário no mesmo dia. Ela ficou internada por 14 dias, do dia 11 ao dia 25, quando veio a óbito. A Prefeitura de Londrina, por meio da SMS, manifesta pesar pelo falecimento e se solidariza com familiares e amigos.

“A Secretaria Municipal de Saúde sente muito por essa perda, pois temos trabalhado intensivamente com a prevenção, justamente para evitarmos as formas graves da doença e óbitos. Temos que destacar que se tratava de uma paciente idosa, que tinha várias comorbidades, que teve uma demora na procura do serviço de saúde. Ela tinha outras patologias e uma infecção bacteriana concomitante, o que torna o caso mais complexo e requer uma análise mais rigorosa”, explicou a diretora de Vigilância em Saúde da SMS, Fernanda Fabrin.

Com relação à região em que a paciente morava (leste), a diretora informou que se trata de uma localidade que vem sendo monitorada, porém chamou a atenção o fato de ser uma região que não contabiliza muitos casos positivos e notificações. “Independentemente disso, nós realizamos diversas ações a partir do momento em que temos casos suspeitos, ou seja, é feito um bloqueio na região, a aplicação de UBV Costal (nebulização), também fizemos a Borrifação Residual Intradomiciliar (BRI) nas escolas da região leste e a soltura dos mosquitos wolbachia. Todas as ações de prevenção foram realizadas, assim como estão sendo feitas em outras regiões do Município”, ressaltou Fabrin.

Além do óbito registrado, o novo boletim epidemiológico sobre a dengue aponta que, do início do ano até o momento, foram registradas 9.512 notificações relacionadas à doença. Deste total, 1.338 casos foram confirmados, 5.421 descartados, e 2.753 seguem em análise. A taxa de positividade é de 14,1%. Com relação à chikungunya, Londrina registra quatro notificações, das quais um caso foi confirmado (importado), um foi descartado, e dois estão em análise.

O número de casos de dengue registrados em Londrina apresentou uma considerável redução quando comparado ao mesmo período de 2024. No ano anterior, neste período, havia 36.815 casos notificados de dengue e 23.867 confirmados (taxa de positividade de 64,8%), além de 34 óbitos. A melhoria está associada a ações intensificadas de prevenção que incluem campanhas de conscientização como o Dia D de Combate à Dengue e medidas de controle vetorial para combate da proliferação do mosquito Aedes aegypti.

Ações contínuas – A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Diretoria de Vigilância em Saúde – Setor de Controle de Endemias, vem desenvolvendo, de forma contínua e estratégica, diversas ações de prevenção e controle do mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue.

As principais ações em execução incluem visitas domiciliares e vistorias de imóveis; bloqueios de transmissão: atuação imediata em áreas com casos suspeitos ou confirmados, com intensificação de visitas, eliminação de focos e aplicação de larvicidas; aplicação de UBV Costal; execução Borrifação Residual Intradomiciliar (BRI).

As ações incluem, ainda, fiscalização de pontos estratégicos e imóveis especiais; atividades educativas e mobilização social; vistorias em obras e lotes baldios: monitoramento de áreas que apresentam risco elevado de acúmulo de água, em parceria com a CMTU e outras secretarias municipais; ações integradas com demais setores e instituições, além da instalação de armadilhas de combate à dengue.

Instalação de novas armadilhas ovitrampas  

A Secretaria Municipal de Saúde, através do setor de Controle de Endemias, tem avançado significativamente no monitoramento da densidade vetorial do Aedes aegypti. Nesta semana, a SMS deu início à expansão do monitoramento com armadilhas ovitrampas nos distritos rurais, com a instalação de mais 70 armadilhas.

Segundo o gerente de Vigilância Ambiental da SMS, Nino Ribas, a instalação ocorre de forma homogênea, dentro de um raio de 300 metros, assegurando cobertura adequada para a análise da infestação e identificação precoce de possíveis surtos. “Com essa ampliação, reforçamos o compromisso com a vigilância ativa em todo o território municipal, garantindo que as estratégias de enfrentamento ao Aedes aegypti sejam cada vez mais direcionadas, eficientes e fundamentadas em evidências técnicas”, explicou.

As ovitrampas são usadas para coletar os ovos de mosquitos e que se configuram como um método eficaz para monitorar a presença do Aedes aegypti, que transmite a dengue. Atualmente, o Município conta 1.030 armadilhas ovitrampas instaladas em áreas urbanas da cidade, permitindo o acompanhamento contínuo da presença do vetor e subsidiando ações mais eficazes de controle da dengue.

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