A tragédia que assolou o Rio Grande do Sul (RS) nas duas últimas semanas, com tempestades e cheias que mataram mais de 150 pessoas e deixaram milhares de desabrigados no estado, também deixa seus rastros na economia gaúcha.
Com mais de 94% de toda a atividade econômica gaúcha tendo sido afetada pelas chuvas, o setor produtivo sinaliza temer pela sobrevivência das empresas — principalmente dos pequenos e médios negócios. Também indica a necessidade de medidas semelhantes às vistas na pandemia para auxiliar empresas no processo de recuperação e na manutenção do emprego no estado.
Desde o início da tragédia, tanto o governo do estado quanto o federal anunciaram injeção de recursos e medidas para auxiliar as famílias e os empresários no processo de retomada. Os bancos também apresentaram uma série de iniciativas.
Demandas do setor produtivo
Apesar de as iniciativas anunciadas serem vistas como positivas, representantes da indústria e do comércio reforçam a necessidade de medidas voltadas para recuperar os polos empresariais e manter o nível de emprego no estado.
De acordo com os executivos do setor produtivo, elas envolvem a flexibilização do mercado de trabalho, com o adiantamento das férias, a redução da jornada, a possibilidade de suspensão de contratos e de compensação futura do banco de hora, entre outros.
“Temos muitos pequenos negócios atingidos e o setor terciário perdeu muita força. E uma das grandes preocupações que temos nesse momento é como vamos manter as pessoas empregadas. Teremos muita dificuldade se não houver novas políticas públicas nesse sentido e empréstimos com recursos a fundo perdido”, completa Bohn.
Na última quarta-feira (15), representantes de diversos setores da economia do estado se uniram para elaborar o chamado Programa de Recuperação Econômica e Social do Rio Grande do Sul, batizado de “Resgate-RS”.
O projeto, entregue ao presidente Lula, sugere sete projetos legislativos que abrangem as esferas federal, estadual e municipal, com foco em medidas tributárias necessárias para a reconstrução da atividade econômica do estado.
Com informações:G1
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