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Termômetros chegam a temperaturas recordes no Amazonas e estiagem severa acaba provocando mais queimadas

O Amazonas está enfrentando uma seca especialmente grave em 2023. O nível dos rios baixou mais do que a média, e uma das consequências disso é o fogo na mata.

Altas temperaturas, estiagem e vazante dos rios. Uma combinação extrema. Os focos de incêndios florestais vão se espalhando e a fumaça também. Agentes do Ibama e brigadistas começaram nesta terça-feira (3) a combater o fogo próximo a Manaus. O governo do estado disse que o Amazonas vai receber aviões de Brasília e do Mato Grosso do Sul para ajudar neste trabalho.

O município de Iranduba, na Região Metropolitana, é um dos que mais registram focos de incêndio. Em setembro, foram 81. Em Iranduba, a seca também é intensa. Comparando ao período de rio cheio, a mudança do cenário é impressionante.

Por um canal entra a água do Rio Negro no distrito de Cacau Pirera, no município de Iranduba. Agora, é um córrego. As casas flutuantes estão em terra e muitas embarcações também ficaram encalhadas. Só na região, mais de 2 mil famílias já sofrem as consequências da seca.

Só o Rio Negro já desceu mais de 12 m em 2023. A casa da vigia Maria de Fátima está sobre uma água empoçada. E água potável por lá só comprando. A sorte é que ela está ganhando para vigiar um barco que encalhou no que agora é o quintal da casa dela.

“Pegou bastante de surpresa todo mundo. Tem barco, lancha, tudo encalhado. E vários flutuantes que estão para lá sem luz, sem água. Uma situação terrível”, relatou Maria.

Mais de 170 mil pessoas já foram afetadas pela seca. O governo do estado disse que vai perfurar poços em comunidades ribeirinhas próximas a Manaus para dar acesso à água potável. Dragas estão no Rio Solimões para permitir o escoamento mínimo das embarcações, mas a operação ainda depende de autorização do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Uma comitiva do governo federal deve chegar nesta quarta feira (4) a Manaus.

O vice-presidente, Geraldo Alckmin, disse que o governo federal vai destinar R$ 138 milhões para instalação de duas dragas no Rio Solimões e no Rio Madeira. O objetivo é facilitar a navegação que ficou prejudicada pela seca.

Fonte: G1/ Jornal Nacional

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