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Eduarda Shigematsu: Relembre o caso que chocou o Paraná

Acontece nesta quarta-feira (29), o julgamento de Ricardo Seidi e Terezinha de Jesus Guinaia, pai e avó de Eduarda Shigematsu, de  11 anos , morta e enterrada na casa do pai em Rolândia no ano de 2019.

Depois de ser adiado por duas vezes, o  júri popular, acontece na Vara do Plenário do Tribunal do Júri de Rolândia, e começa as 8h30.

Relembre o Caso 

O caso começou em uma quarta-feira, no dia 24 de abril de 2019, quando Eduarda Shigematsu foi para a escola no período da manhã, voltou para casa na hora do  almoço, deixou seus pertences e não foi mais vista. Ela estava com o uniforme do Colégio Estadual Presidente Kennedy quando teria desaparecido.

No dia seguinte, sua avó paterna Terezinha de Jesus Guinaia,  que atualmente está com cerca de 62 anos, e tinha a guarda de Eduarda, fez o boletim de desaparecimento da menina. Conforme os dias de buscas iam passando, o pai e a avó compartilhavam mensagens pedindo  informações sobre Eduarda, nas  redes sociais, anúncios  no rádio e na televisão, além da mobilização do Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride) da Polícia Civil.

Câmeras de segurança tinham registrado Eduarda voltando da escola no dia 24, entrando em sua casa por volta das 12:00 e não saindo mais de lá. No mesmo dia, por volta das 13:30 seu pai saiu da casa com um carro preto, foi até uma propriedade dele que estava vazia no centro da cidade entra com o carro na garagem e fica lá por um tempo.

No quarto dia de buscas em 28 de abril,  alguns agentes da polícia civil, entraram na propriedade que  Ricardo Seidi foi com o carro preto a fim de  investigar o lugar, e lá encontraram o chão da garagem quebrado e com um pouco de terra pelo local,  o corpo de Eduarda Shigematsu estava enterrado lá, com os braços e pernas amarrados, uma corda no pescoço com um saco preto e um pano envolto em seu rosto, seu corpo havia sinais de agressões e no pescoço sinais de estrangulamento.

Com isso o pai de Eduarda, assume ter enterrado o corpo dela, mas não que a matou, ele alega que ela teria se enforcado após uma discussão entre eles. No momento do susto  que ele  teria encontrado o corpo da filha, o mesmo teria amarrado ela e a levado para sua propriedade a fim de esconder seu corpo. O laudo do IML (Instituto Médico Legal) apontou  a causa da morte por esganadura.

Segundo a polícia, a avó sabia que a neta estava morta, e mesmo assim teria feito um boletim de ocorrência atrapalhando o trabalho dos policiais. Ela vai responder pelos crimes de ocultação de cadáver e  falsidade ideológica.

O pai, Ricardo Seide foi denunciado pelos crimes, homicídio triplamente qualificado (asfixia, dificuldade de defesa  e feminicídio), majorado por se tratar de uma criança, além de falsidade ideológica e  ocultação de cadáver.

Ricardo permanece preso desde 2019, já Terezinha chegou a ficar presa durante o processo, mas foi solta por um habeas corpus dado pelo Tribunal de Justiça do Paraná e responde em liberdade.

A mãe de Eduarda, Jessica Pires, que tinha 16 anos quando ela nasceu, relatou que Ricardo não queria ter a filha e não tinha um bom relacionamento com ela.

Jessica comentou que por diversas vezes  tentou a guarda da filha, porém a família do lado paterno por terem melhores condições financeiras conseguiu ficar com Eduarda. Jéssica morava no estado de São Paulo á época dos acontecimentos.

Eduarda havia sobrevivido a um acidente grave em 2015,  ela tinha sofrido um traumatismo craniano e foi encaminhada ao Hospital Universitário (HU) em Londrina, onde passou por cirurgias e ficou internada. Ela e a avó estavam no veículo que se chocou contra um caminhão no contorno norte de Rolândia.

Após a recuperação ela foi entrevistada por Diego Silva da Tv cultura de Rolândia, ela agradeceu as orações por sua recuperação na entrevista e mostrou  todo seu carisma e energia, na reportagem é possível ver a avó dela, e também a casa onde seu corpo foi enterrado 4 anos depois.

 Texto do Estagiário Lucas Frager sob supervisão

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