Mil pessoas foram assassinadas no Paraná nos seis primeiros meses deste ano. O número inclui mortes por homicídio doloso, lesão corporal e roubo seguido de assassinato (latrocínio).
Os dados foram informados pela Secretaria de Segurança Pública do estado (Sesp-PR), via Lei de Acesso à Informação (LAI).
O número de assassinatos registrados caiu 0,79% na comparação com o mesmo período de 2021, quando houve 1.008 mortes violentas.
Na distribuição por tipo de crime, as mortes por homicídio doloso passaram de 962 para 963, alta de 0,10%, considerado movimento de estabilidade.
Houve diminuição do total de vítimas de latrocínio. A taxa caiu de 25 para 22 (redução de 12%). O número de pessoas mortas após lesão corporal também registrou queda, passando de 21 para 15 (baixa de 28,5%).
Os números de feminicídios, conforme a secretaria, estão inclusos no total de homicídios dolosos.
Foram 30 mortes por feminicídio no estado no período em 2022. Os primeiros seis meses do ano passado tiveram 36 mortes por este tipo de crime.
O estado passou a informar detalhadamente os dados de mortes por feminicídio em maio de 2020, considerando que anteriormente, os dados eras divulgados junto com os números de homicídios.
Dados de junho
Em junho, o Paraná registrou 128 homicídios dolosos, contra 120 no mesmo mês de 2021, representando alta de 6,66%.
Neste ano, o mês teve duas mortes por latrocínio, metade das quatro registradas no mesmo mês do ano anterior.
Junho do ano passado teve uma pessoa assassinada em caso de lesão corporal, enquanto neste ano foram duas vítimas.
Não houve registro de feminicídio oficializado entre os dados da secretaria, neste mês. Em junho do ano passado, foram sete.
Monitor da Violência
O levantamento nacional dos dados de mortes violentas faz parte do Monitor da Violência, uma parceria do g1 com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
A ferramenta criada pelo g1 permite o acompanhamento dos dados de vítimas de crimes violentos mês a mês no país. Estão contabilizadas as vítimas de homicídios dolosos (incluindo os feminicídios), latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. Juntos, estes casos compõem os chamados crimes violentos letais e intencionais.
Jornalistas do g1 espalhados pelo país solicitam os dados, via assessoria de imprensa e via Lei de Acesso à Informação, seguindo o padrão metodológico utilizado pelo fórum no Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
Mais informações na programação da FM 107.1
Via G1