O Pecem (Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática), da Universidade Estadual de Londrina (UEL), completa 20 anos com razões de sobra para comemorar. É o único programa da Universidade com nota 7 da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e, também, o único da área no Brasil com esta nota, que o coloca em nível de reconhecimento internacional.
Para a professora Mariana Andrade, coordenadora do programa, este é um resultado do trabalho de todo o corpo docente, particularmente dos professores fundadores, que ainda estão no Pecem. “Atualmente conta com 17 membros, é produtivo e distribui bem os orientandos”, disse.
O programa teve início em 2002, em nível de Mestrado, e foi subindo de nota a cada avaliação da Capes, que era trienal e depois quadrienal. Em 2007, foi aprovado o Doutorado. O Programa tem três linhas de pesquisa: A Construção do Conhecimento em Ciências e Matemática; Formação de Professores em Ciências e Matemática; e História e Filosofia da Ciência e da Matemática.
Em média, as turmas são formadas por 40% de alunos da UEL e 60% de alunos de diferentes instituições, inclusive estrangeiros. Na maioria, professores pesquisadores da Educação Básica ou do Ensino Superior. Em 20 anos, foram defendidas 157 dissertações e 138 teses.
PRODUÇÃO CIENTÍFICA – Metade dos professores do programa são pesquisadores cadastrados no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e desenvolvem uma série de projetos, como o Doutorado Interinstitucional (Dinter) em cooperação com o Instituto Federal de Goiás (10 doutores) e o Programa de Cooperação entre Instituições – Internacional (PCI-Internacional) com a Universidade Licungo, de Moçambique, com três professores cursando Mestrado e 12 no Doutorado.
Nos últimos quatro anos, os docentes publicaram 430 artigos em periódicos nacionais e internacionais e 126 livros ou capítulos, também dentro e fora do Brasil. Além disso, todos possuem projetos de pesquisa em colaboração com pesquisadores do Brasil (USP, UFSCar, UFFS) e de outros países (Illinois Institute of Technology/EUA, Universidade do Porto, Universidade de Aveiro, Universidade Pedagógica de Bogotá, Universidade de Harvard e Universidade de Buenos Aires).
EGRESSOS – A professora Mariana é a sétima coordenadora do programa e está em sua segunda gestão. Ela destaca a consistência do trabalho dos docentes pesquisadores, a vontade de colaborar em favor do programa, a boa proporção de publicações em diferentes periódicos. “E um diferencial: um contato muito próximo com os egressos do Pecem, que continuam sendo acompanhados após a conclusão do Mestrado ou do Doutorado”, afirmou.
Dos egressos do programa, 47 estão atuando em universidades públicas e/ou privadas no Paraná, na graduação e na pós-graduação. Outros 18 trabalham em universidades públicas e privadas, na graduação ou pós-graduação, em outros estados. São 23 em institutos federais, no Paraná e outros estados, e 40 na Educação Básica, em escolas públicas ou particulares.
Além disso, seis egressos fizeram parte da proposição e coordenação do Programa de Pós-graduação em Educação Matemática da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), e 12 egressos da proposição e coordenação do Programa de Pós-Graduação em Matemática da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Três egressos atualmente fazem parte do corpo docente do Pecem.
OUTRAS AÇÕES – Na avaliação da coordenadora, é muito importante estimular, desde cedo, o interesse pela investigação científica, mesmo antes de os estudantes chegarem ao ensino superior. “Como grande parte das pesquisas é desenvolvida em outros níveis de ensino, o contato dos pesquisadores do programa com escolas é bastante próximo. As frequentes visitas a elas atualizam constantemente sobre sua realidade”, disse.
Programas como o Pibid (Política Nacional de Formação de Professores do Ministério da Educação), do Ministério da Educação, também visam a aproximação prática com o cotidiano das escolas públicas e colaboram com a formação nas licenciaturas. Projetos de extensão voltados para a Educação Básica também atuam neste sentido. E o contato direto do Pecem com os cursos de graduação incentiva, seja pelo programa de Iniciação Científica, pelos grupos de pesquisa que colaboram nos trabalhos de conclusão de curso ou no trabalho de IC, ou outras ações.
AEN
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