Janeiro chegou ao fim com recorde de temperatura em Londrina. O mês já é considerado o mais quente registrado desde 1976, quando começaram as medições pelo Iapar (Instituto Agronômico do Paraná) na cidade.
Segundo a agrometeorologista do Iapar, Heverly Morais, a base de cálculo levou em conta todos os meses e anos. “Percebemos que a temperatura chegou ao recorde. A média das máximas chegou a 32,6º C”. Nos janeiros passados, a média histórica não tinha ultrapassado os 29º C.
Na quinta-feira (31), os termômetros marcaram 36.4º C. Janeiro fechou com chuva, mas não como era esperado. “O pluviômetro registrou 16 mm de chuva em 15 minutos. Durante a tarde de quinta-feira foram 26mm. Houve pancadas nas regiões oeste e sul, o que não sev repetiu em outros pontos”, explica Heverly.
Durante o mês foram 131 milímetros, pouco mais da metade do esperado, que era 226 mm. “O número preocupa porque janeiro é considerado o mês mais chuvoso do ano”, alerta a agrometeorologista.
Aumento no consumo de água e energia
Segundo dados da Copel, a primeira quinzena de janeiro teve a maior demanda de energia dos últimos cinco anos em Londrina. Na região norte do Paraná, houve aumento de 2,5% nesse período, na comparação com a mesma quinzena em 2018.
Dados da Sanepar apontam que houve reflexo no consumo de água também. Nos primeiros 15 dias de 2019, houve elevação em 10% em comparação a janeiro de 2018.
Muitos londrinenses têm ido se banhar na barragem do Lago Igapó, numa tentativa de se refrescar das altas temperaturas. Muitas pessoas não tem a opção de ter uma piscina em casa nem a oportunidade de viajar para a praia e vão para esse ponto do Lago, principalmente aos finais de semana.
Foto: Marcos Zanutto
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