A cidade de Ibiporã, na região metropolitana de Londrina, será a primeira do estado a ter uma escola bilíngue (português/inglês) em sua rede municipal, graças a uma parceria entre a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Universidade Estadual de Londrina (FAUEL) e a Prefeitura municipal. A iniciativa se concretizou no dia 13 de agosto, quando houve a oficialização da parceria entre a FAUEL e a Prefeitura de Ibiporã, assinada pelo prefeito José Maria Ferreira (PSD).
O termo segue a Lei 13.019/2014, que regulamenta as parcerias entre organizações da sociedade civil e a Administração Pública, e representa um investimento de R$ 250 mil feito pela Prefeitura. De acordo com o Secretário de Educação de Ibiporã, os professores da rede municipal passarão primeiramente por uma formação de 150 horas, teóricas e práticas, para alcançar a proficiência necessária. Otimista, ele acredita na rápida expansão do projeto à medida que haja mais professores qualificados.
Projeto
O trabalho será realizado por uma equipe da UEL, coordenada pelas professoras Michele Salles El Kadri, do Departamento de Letras Estrangeiras Modernas e Vivian Saviolli, mestranda no Programa de Pós-graduação em Educação da UEL. Junto com mais três outros professores e estudantes do Programa, elas darão consultoria à Secretaria de Ibiporã, o que inclui a elaboração do projeto político pedagógico, produção de material didático, formação docente específica, desenvolvimento do currículo integrado e acompanhamento contínuo.
A previsão é de que no primeiro ano de projeto sejam contemplados 50 professores e até 250 alunos. É bom observar, contudo, que toda a comunidade escolar, desde equipe administrativa, recepção, auxiliares de cozinha e limpeza, participará da formação bilíngue. Outro diferencial é que não serão beneficiados pelo projeto apenas alunos em fase de alfabetização, mas turmas do Berçário (I e II), Maternal, Pré-Escola (I e II), 1º e 2º anos.
De acordo com o Secretário de Educação de Ibiporã, a cidade tem uma história de pioneirismo no ensino de inglês no Ensino Fundamental, no qual a disciplina não é obrigatória, mas é oferecida em todas as escolas municipais com carga de duas horas semanais. Ele conta que o interesse já é grande. Membros da comunidade já estão reivindicando a escola perto de suas moradias e já existem 70 professores pré-inscritos. “Agora, podemos trazer um método inovador e caro e garantir igualdade de oportunidades. A ideia é que teremos uma geração bilíngue em dez anos”, destaca o professor.
A professora Michele observa que, de acordo com a legislação, uma escola só pode ser considerada bilíngue se de 30 a 50% do conteúdo for ministrado no idioma estrangeiro. Ou seja, não são mais aulas de inglês, mas se trata de uma imersão precoce na segunda língua. “As crianças vão brincar, vão ouvir música, vão lanchar, tudo em inglês”, comenta a educadora.
Quanto à escola que oferecerá o ensino bilíngue, o Secretário informa que ainda não está definida, e que tanto os professores, quanto a FAUEL e a comunidade serão consultadas. A previsão é de que as aulas no modelo bilíngue comecem em fevereiro de 2022.
A cerimônia parceria contou com a presença de diversos professores da UEL, do Secretário Municipal de Educação, professor Antonio Prata Neto, entre outros.
com Agência UEL
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