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Novo modelo de pedágio beneficiará o setor produtivo paranaense

Nos próximos anos, as rodovias do Paraná passarão por grandes transformações. Com o projeto do novo modelo de concessão de pedágio, serão 3.372 quilômetros de estradas sob administração das futuras concessionárias, com ganhos expressivos para o setor produtivo. “Teremos uma tarifa mais justa, com possibilidade de redução, em média, de 50%, garantia da execução das obras e uma administração mais transparente”, diz João Arthur Mohr, gerente de Assuntos Estratégicos do Sistema Fiep. A entidade participou ativamente de toda a discussão sobre o novo modelo de pedágio em busca da solução que contribuísse para a competitividade das indústrias paranaenses.

De acordo com um levantamento realizado pela FreteBras, o Paraná é o segundo estado com maior demanda de transporte de cargas por rodovia, respondendo por 17,12% de todo o volume que circula no Brasil. Com o novo modelo, os custos logísticos serão reduzidos e as estradas ficarão mais seguras. Estão previstos quase dois mil quilômetros de duplicações nos próximos sete anos, dez novos contornos, pontos de parada para descanso em todo o estado, monitoramento por câmeras inteligentes, acesso a wi-fi e ao iRAP (The International Road Assessment Programme), programa internacional de avaliação de estradas que busca minimizar riscos de acidentes. “Nos próximos sete anos, teremos uma ampla gama de obras de duplicação, permitindo que o Paraná tenha rodovias de primeiro mundo”, completa Mohr.

Tarifa mais justa

O valor da tarifa de pedágio sempre esteve no centro das discussões. Quem vencer a licitação só poderá cobrar tarifas de valor cheio após a execução das obras necessárias, no chamado degrau tarifário. “Agora, enquanto a obra não ficar pronta, o usuário pagará um valor com desconto”, pontua o gerente de Assuntos Estratégicos do Sistema Fiep. “Quando a pista é simples e vai passar por duplicação, será cobrada a tarifa de pista simples. Somente após a conclusão da duplicação é que será cobrada a diferença, garantindo que o usuário pague a diferença só quando a obra ficar pronta”, completa Mohr.

O novo modelo retira a outorga sobre a concessão – ou seja, a verba arrecadada no leilão ficará com o usuário para ele decidir com o poder concedente sua utilização, seja em investimentos em novas obras ou para ampliação do desconto ao usuário. Com isso, o modelo deve atrair investidores nacionais e estrangeiros. Outros benefícios são o desconto progressivo para usuários frequentes e a redução de 5% no preço para quem utilizar tag de pagamento eletrônico.

Obras previstas

Além dos quase dois mil quilômetros de duplicações dos primeiros sete anos, estão previsos contornos nas cidades de Ponta Grossa, Londrina, Maringá, Apucarana, Arapongas, Califórnia, entre outros. O Contorno Sul de Curitiba passará a ter quatro faixas por sentido, incluindo vias marginais, ciclovias e passarelas e em Paranaguá, na Avenida Ayrton Senna, a ampliação da rodovia vai desafogar o trânsito de caminhões que disputam espaço com o tráfego local.

O gerente de Assuntos Estratégicos do Sistema Fiep destaca que o novo modelo de concessão de pedágio estipula obras que visam não somente melhorar o modal rodoviário, mas aumentar a segurança dos paranaenses em viagens e da população que mora no entorno. “O projeto prevê a construção de centenas de passarelas para pedestres, viadutos em trevos, retornos em nível e em desnível, terceiras faixas, pontos de ônibus protegidos e iluminação em perímetros urbanos”, diz Mohr.

Participação histórica

O contrato atual dos pedágios termina no dia 27 de novembro deste ano. A expectativa para a mudança envolve todos os setores da sociedade produtiva e da população como um todo – a audiência pública da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) registrou um recorde histórico de cinco ml contribuições por escrito. “Foram mais de 20 horas de audiência pública em dois dias de trabalho, mostrando a importância do tema dos pedágios no Paraná. O Sistema Fiep entende que chegamos ao melhor modelo para a competitividade do nosso estado, com tarifa justa, garantia de execução de obras e gestão transparente”, acrescenta o presidente do Sistema Fiep, Carlos Valter Martins Pedro.

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