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Superior Tribunal de Justiça confirma júri popular do pai e avó de Eduarda Shigematsu

O Superior Tribunal de Justiça não reconheceu um recurso apresentado pelos advogados de defesa de Ricardo Seidi, pai da menina Eduarda Shigematsu, e confirmou a decisão de pronúncia que submeteu Ricardo Seidi e a avó, Terezinha de Jesus Guinaia, a julgamento pelo Tribunal do Júri.

Na decisão, o ministro Humberto Martins, do STJ, afirma que “o recurso é manifestamente intempestivo, porquanto interposto fora do prazo de 15 dias corridos”.

O corpo de Eduarda Shigematsu foi encontrado enterrado no quintal de um imóvel, pertencente a Ricardo Seidi, no dia 28 de abril de 2019. O pai da menina foi preso no mesmo dia em que o corpo foi encontrado. Ele foi flagrado por câmeras de segurança chegando e deixando o local, confessou que ocultou o corpo da filha, mas negou que tenha assassinado a criança. Ricardo Seidi segue preso desde então e é acusado de feminicídio.

Terezinha de Jesus Guinaia, avó de Eduarda, chegou a ficar presa suspeita de participação no assassinato, mas foi solta quase dois meses depois. Terezinha é ré no processo e também vai a júri popular por falsidade ideológica e ocultação de cadáver. A avó sempre negou participação no crime.

Com a decisão do STJ o processo retornou para Rolândia. O juiz Alberto José Ludovico determinou que os advogados apresentem as testemunhas que irão depor em plenário no prazo de cinco dias. Cada réu poderá apresentar até cinco testemunhas.

A data do julgamento ainda não foi marcada.

O advogado que defende Terezinha de Jesus Guinaia afirmou que o fato da cliente ser levada a júri popular “não quer dizer que ela tenha culpa, tão somente que os crimes contra a vida são jugados pelo Tribunal do Júri.” O advogado afirmou ainda que tem plena convicção de que Terezinha Guinaia será absolvida. “Os elementos existentes no processo dão conta de que, quando a criança foi levada até o local onde foi enterrada, estava somente uma pessoa, que foi o Ricardo Seidi. O boletim de ocorrência que foi registrado pela senhora Terezinha foi totalmente correto, porque de fato a criança havia desaparecido. Então, as acusações que pesam sobre ela de falsidade ideológica e ocultação de cadáver são infundadas e ao final do processo nós temos certeza que ela será inocentada.”

Com informações:Tarobá News

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