Michele Penteado Rodrigues, de 40 anos, faleceu neste domingo (3) após sofrer um infarto na clínica psiquiátrica onde estava internada. Segundo informações, a unidade era em Maringá. Michele foi indiciada por homicídio qualificado, após ser acusada de ter provocado a morte do neto, um bebê de 1 ano e 7 meses, em maio de 2019.
Durante o processo, Michele foi submetida a um exame de sanidade mental, cujo laudo apontou que ela sofria de bipolaridade e depressão. Em outubro de 2019, uma decisão judicial liberou a avó da prisão preventiva e determinou que ela fizesse tratamento psiquiátrico.
Relembre o caso
Wyllan Henrique Penteado Rodrigues, de 1 ano e 7 meses, foi encontrado morto dentro da residência da avó, Michele, em Porecatu, no dia 17 de maio de 2019. A avó materna cuidava do bebê desde que a mãe, uma jovem de 17 anos, foi para o Mato Grosso a trabalho.
Além de Michele, o bisavô da criança também foi denunciado por homicídio qualificado. A mãe de Wyllan não foi incluída na denúncia do Ministério Público.
Na casa onde Michele morava com o neto foi encontrada uma grande quantidade de lixo espalhado pela casa, restos de alimentos em estado de decomposição e presença de larvas, roupas e louça sujas, remédios e bebidas por toda a casa. No quarto em que a criança foi encontrada, havia restos de alimentos também com larvas ao lado do berço do menino.
O pequeno Wyllan apresentava um quadro de virose e não era alimentado há dias. De acordo com a Polícia, a acusação é que a omissão da avó nos cuidados básicos com o neto provocou seu óbito.
Michele era bioquímica e farmacêutica. De acordo com a Polícia, as provas indicam que Michele permaneceu no imóvel por vários dias após a morte da criança, sem comunicar a família ou autoridades.
Daiane Valentin
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