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Londrina já estuda o uso de hidroxicloroquina em pacientes com COVID-19

O Hospital Universitário (HU) de Londrina participa, desde a última segunda-feira (6), de um estudo da Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva (BRICnet), que analisa a eficácia do medicamento hidroxicloroquina para pacientes com Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. O objetivo é avaliar se os benefícios são maiores do que os potenciais danos à saúde dos pacientes.

A iniciativa foi proposta pelos hospitais Albert Einstein e Hospital do Coração (HCor) de São Paulo, classificados como de excelência máxima no país. O HU é o único hospital da região que avaliará o uso da hidroxicloroquina simples e também a medicação combinada com o antibiótico azitromicina, para verificar se há diferença entre os tratamentos.

O HU acompanhará o tratamento com  a medicação em pelo menos 20 pacientes. Em todo país, 60 centros de estudo estarão replicando a experiência. Na pesquisa encomendada pelo Hospital Albert Einstein serão avaliados os pacientes mais graves, e, na solicitada pelo HCor de SP, os menos graves.

A médica intensivista do HU, membro da BRICnet, Cintia Magalhães Carvalho Grion, pesquisadora líder da cidade, relata que todo dado coletado será inserido em uma plataforma na internet, para que os hospitais tenham acesso diário ao conteúdo. “A previsão é obtermos os primeiros resultados no final de junho ou início de julho, se tudo correr bem. A divulgação do conteúdo final deve ser feita pelos hospitais que propuseram o estudo”, disse.

A pesquisadora explicou que o estudo que está sendo realizado e a liberação do uso da medicação para alguns casos, pelo Ministério da Saúde, são coisas distintas. “Até a medicação que utilizamos para as duas situações vem de lugares diferentes. A hidroxicloroquina da pesquisa é enviada pelos hospitais que a propuseram, e a que usamos nos pacientes com Covid-19, mediante indicação e ciência do paciente, são da farmácia do HU”, contou.

Os hospitais coordenadores também elencam os critérios dos pacientes que podem participar do estudo. O usuário precisa ter mais de 18 anos, comprovação da suspeita da doença, que pode se dar pela avaliação do quadro clínico, feita pelo hospital, ou por teste. Também é necessário que o paciente não esteja em um quadro muito avançado da doença e que assine termo de ciência.

“Todo paciente que chega ao HU com suspeita da Covid-19 é avaliado pelo infectologista, que notifica a equipe de pesquisa do hospital. Na sequência, os pesquisadores avaliam o paciente pelos critérios de triagem da pesquisa, e, se ele preencher os requisitos, é feito o convite para que ele participar da experiência”, explica a pesquisadora.

O HU foi escolhido para participar das pesquisas dos hospitais de excelência há cinco anos. Aproximadamente dez especialistas em infectologia, pneumologia, medicina intensiva e farmácia participam do estudo. Na opinião de Cintia, os ganhos da participação, para o hospital, são inúmeros. “Toda pesquisa clínica traz experiência e conhecimento para as equipes, o que eleva a qualidade de assistência ao paciente”, disse.

Fonte: N.com

Foto: Vivian Honorato

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