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Política

Acusado de envolvimento na morte de Matheus Evangelista fecha acordo com o MP-PR e tem processo extinto

Um ex-guarda municipal acusado de envolvimento na morte de Matheus Evangelista, em março de 2018 em Londrina, no norte do Paraná, não será mais julgado por júri popular.

Isso vai ocorrer porque Michael Garcia fechou um acordo de não persecução penal com o Ministério Público do Paraná (MP-PR), previsto em lei, impedindo que ele seja julgado. Pelo acordo, Garcia deverá pagar uma multa de R$ 1mil como pena alternativa.

Matheus Evangelista tinha 18 anos quando foi atingido por um tiro durante uma ação contra perturbação de sossego realizada pela Guarda Municipal em uma festa que era realizada na zona norte do município.

Ao longo da investigação, três agentes chegaram a ser presos suspeitos do crime. Mas, nesta quinta-feira (12), apenas um envolvido segue preso.

Michael Garcia não foi acusado de homicídio, mas por ter feito um disparo para o alto e por fraudes nas investigações.

“Ficou esclarecido nos autos que a minha conduta foi tão somente o disparo para o alto. Haviam muitas pessoas e apenas três guardas municipais. Dei a voz de abordagem, não acataram e vieram para cima. Para evitar um mal maior, fiz um disparo para o alto, foi um disparo calculado”, disse.

Como esses crimes tem penas menor, com menos de quatro anos de prisão, o acusado tem o direito a esse acordo realizado junto ao MP-PR.

À Justiça o acusado confessou de forma voluntária todos os fatos investigados. Além do pagamento de multa, ele também se comprometeu a avisar sobre qualquer alteração de endereço, telefone ou e-mail.

“No acordo, o Ministério Público também levou em consideração que Michael ficou preso durante oito meses e foi monitorado por tornozeleira eletrônica por quase um ano. Isso foi considerado para que o processo fosse extinto”, detalhou o advogado Eduardo Miléo.

O advogado Mário Barbosa, que defende a família de Matheus Evangelista, disse que o acordo é um direito previsto em lei, mas que discorda de alguns pontos e, por isso, vai entrar com recurso.

Com essa decisão, apenas Fernando Neves, ex-guarda municipal apontado como autor do tiro que atingiu Matheus Evangelista irá a Júri Popular no dia 17 de março. A defesa de Neves informou que vai provar que o cliente é inocente.

Essas e outras informações na nossa programação Rádio Cultura AM 930

Via G1 Paraná

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