Dados do primeiro Levantamento Rápido do Índice Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), divulgado nesta semana, aponta um índice de infestação de 1,7% em Ibiporã. O percentual está acima do limite preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de até 1%.
O índice é um pouco superior ao último LIRAa, realizado em novembro, que foi de 1%, mas inferior ao registrado em janeiro do ano passado, de 3,6%. “Tradicionalmente os percentuais sobem no início do ano devido à combinação de calor e chuvas constantes, o que facilita a proliferação do mosquito”, apontou o coordenador do Setor de Endemias, Aldemar Galassi.
O Ministério da Saúde preconiza que municípios com índice inferior a 1% estão em condições satisfatórias, de 1% a 3,9% é considerado situação de alerta, e superior a 4% há risco de surto de dengue. Com os resultados do LIRAa, os agentes de endemias elaborarão estudos e planejamento que orientarão os trabalhos nas áreas mais afetadas da cidade.
O levantamento foi realizado entre os dias 6 e 11 de janeiro. Foram visitados 900 imóveis em todas as regiões da cidade. Segundo Galassi, 100% dos criadouros do Aedes aegypti foram encontrados nos quintais dos imóveis, principalmente em materiais recicláveis, tais como copos e garrafas, além de bebedouros de animais, o que indica que a população está deixando a água acumular nesses recipientes, tornando-os ambientes ideais para a rápida reprodução do mosquito.
“O calor e a chuva fazem o ciclo do mosquito ficar ainda mais rápido; entre o ovo depositado pela fêmea do mosquito, à transformação em larva e, depois em mosquito, o período é de apenas cinco dias. Basta deixar água parada acumulada para que ele se prolifere”.
O coordenador ressalta que todos devem fazer a sua parte para que Ibiporã não enfrente novamente uma epidemia da doença. “A eliminação da dengue depende, principalmente, da mudança de hábitos e atitudes. A limpeza dos jardins, varandas e qualquer espaço aberto deve ocorrer, no mínimo, a cada sete dias”, destacou.
Informações: Portal Paiquerê/MK
Foto: SESA
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