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Vacina contra zika vírus protege fetos em experimento feito com macacos

Uma vacina experimental contra o vírus da zika se mostrou eficaz na proteção de fetos de macacos rhesus nos EUA. De acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira (18) pela revista “Science Translational Medicine”, a descoberta pode abrir as portas para a imunização em humanos.

Koen Van Rompay, cientista da Universidade da Califórnia e um dos autores do estudo, destacou em nota que esta é a primeira vez que a vacina foi aplicada antes da concepção. O estudo “imitou” a vida real, criando um cenário em que as futuras mães poderiam se vacinar meses antes de engravidar.

A imunização foi aplicada nas fêmeas da espécie rhesus antes da concepção e foi durante a gestação que elas foram expostas ao vírus. Em seres humanos, a infecção com o zika em mulheres grávidas está associada a casos de microcefalia e má formação dos fetos.

Expostas 2 vezes

As cobaias foram expostas ao vírus em diferentes momentos do período gestacional. Tanto as que receberam a imunização quanto as que não. Os cientistas injetaram o vírus da zika nos macacos duas vezes, uma no primeiro e outra no segundo trimestre da gestação.

O estudo mostrou que as fêmeas que receberam a vacina apresentaram menor concentração do vírus em seu sistema após darem a luz, já duas do grupo das que não foram imunizadas sofreram aborto espontâneo durante a gestação.

Após o nascimento dos filhotes, cientistas buscaram por vestígios da infecção nos tecidos dos animais e da prole. Dos 12 macacos infectados pelo zika, 11 apresentaram algum sinal do vírus. Entretanto, nenhum dos 13 macacos vacinados tiveram qualquer tipo de infecção.

A pesquisa sugere que os anticorpos produzidos a partir da vacina contra o zika estão relacionados também com a proteção dos fetos.

Prevenção contra zika

Um dos autores do estudo, Van Pompay, sugeriu que a vacina é que protegeu a transmissão mãe-feto em macacos rhesus. Com isso, o especialista especula que o vírus atenuado deve atuar de forma similar em humanos.

Ele deixou claro, porém, que ainda são necessários testes clínicos para que a imunização seja disponibilizada para o público.

Entenda a transmissão do zika vírus

  • Como ocorre a transmissão?

Assim como os vírus da dengue e do chikungunya, o vírus da zika também é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.

Fêmea do Aedes aegypti é responsável pela transmissão da febre amarela, dengue, chikungunya e zika vírus — Foto: Divulgação

Fêmea do Aedes aegypti é responsável pela transmissão da febre amarela, dengue, chikungunya e zika vírus — Foto: Divulgação

  • Quais são os sintomas?

Os principais sintomas da doença provocada pelo vírus da zika são febre intermitente, erupções na pele, coceira e dor muscular. A evolução da doença costuma ser benigna e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente em um período de 3 até 7 dias. O quadro de zika é muito menos agressivo que o da dengue, por exemplo.

  • Como é o tratamento?

Não há vacina autorizada nem tratamento específico para a doença. Segundo informações do Ministério da Saúde, os casos devem ser tratados com o uso de paracetamol ou dipirona para controle da febre e da dor. Assim como na dengue, o uso de ácido acetilsalicílico (aspirina) deve ser evitado por causa do risco aumentado de hemorragias.

Essas e outras informações na nossa programação Rádio Cultura AM 930

Via G1

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