A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Londrina vê indícios de homofobia nos casos das mortes de Hannan Silva, de 21 anos, e do chef de cozinha de 49 anos encontrado morto no bosque central. A Polícia CIvil, no entanto, descartou categoricamente essa possibilidade.
“Há indícios de que seja violência contra a população LGBT. Existe a suspeita de que sejam crimes motivados por homofobia”, afirmou o secretário da Comissão Paulo Carneiro.
Segundo a polícia as duas vítimas eram homossexuais. O homem encontrado no bosque havia participado da parada LGBT no Zerão, pouco antes de ser morto pelo garoto de programa Fernando Inácio de Andrade, que confessou as duas mortes.
Carneiro afirmou que a entidade vai acompanhar as investigações, com o objetivo de que a motivação por homofobia seja apurada. “Pelo menos que seja feita uma investigação nesse sentido”, completou.
“A gente acredita nessa linha de investigação, mas depende de o delegado incluir como crime de homofobia ou não”. Em junho deste ano, o STF decidiu enquadrar homofobia e transfobia como crimes de racismo.
Polícia Civil não vê homofobia
Para a autoridade máxima da Polícia Civil em Londrina, o delegado chefe Osmir Ferreira Neves Junior, a homofobia não motivou o assassino. “A intenção dele era roubar, ele se valia de encontros casuais pra consumar os crimes. As mortes foram para viabilizar os roubos”.
Os investigadores tratam os casos como latrocínio, que é o roubo seguido de morte. “Não se trata de crimes de ódio. Ele se servia de encontros casuais em locais ermos, independente da orientação sexual”.
Nesta terça-feira, o grupo que organiza a Parada LGBT emitiu uma nota de pesar sobre a morte de Hannan Silva. “Estamos estarrecidos com o que vêm acontecendo na cidade e reforçamos protejam-se e protejam seus amigos, evitem andar sozinhos em lugares como Igapó, bosque, praças e ruas vazias”, diz o comunicado.
Com informaçãoes:Tv Tarobá / Larissa Trevisan
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