O boletim epidemiológico semanal divulgado nesta terça-feira (15) pela Secretaria de Estado da Saúde registra 682 casos confirmados de dengue no Paraná. O aumento em relação ao informe anterior é de 14,43%, com 86 casos a mais que na semana passada. Apresentam notificações para a doença 226 municípios e 108 têm casos confirmados. O Paraná totaliza 5.972 notificações para a dengue desde julho deste ano.
Foz do Iguaçu teve dois casos de dengue grave. Neste tipo, além dos sintomas clássicos, como febre e dores no corpo, os pacientes necessitam de maiores cuidados em leitos de observação ou internação. A dengue grave apresenta sintomas como sangramentos, palidez, sudorese, dificuldade de respirar e comprometimento de alguns órgãos.
O município de Londrina apresentou nesta semana um caso de dengue com sinais de alarme. Nesta fase, o paciente tem sintomas como dores abdominais fortes e contínuas, vômitos persistentes e acúmulo de líquido no corpo, sinalizando que pode evoluir para a forma grave. Estes sintomas ocorrem, geralmente, entre o terceiro e quinto dia da doença.
Dois municípios seguem em situação de epidemia: Santa Isabel do Ivaí, com 35 casos autóctones, e Inajá, com 16 casos também autóctones – quando as pessoas contraem a doença na cidade onde moram.
Doze municípios se mantém em situação de alerta. Uniflor e Quinta do Sol entraram para a relação nesta semana. As outras dez cidades que estão sem alerta são Lindoeste, Juranda, Nova Cantu, Douradina, Indianópolis, São Carlos do Ivaí, Floraí, Flórida, Florestópolis e Uraí.
O Governo do Estado pede a atenção de toda a população para dengue. “Reforçamos semanalmente, junto com o boletim, a orientação para que todos verifiquem os recipientes que acumulam água parada em seus quintais e residências”, disse o secretário da Saúde, Beto Preto.
Ele explica que esses locais são propícios à formação de novos criadouros e, consequentemente, à proliferação do mosquito transmissor da doença. “Na próxima estação, com os dias ainda mais quentes, abafados e chuvosos, os casos de dengue podem aumentar ainda mais. Precisamos eliminar urgentemente os criadouros para evitarmos a dengue. Esta é uma missão de todos nós”, afirma Beto Preto.
No Estado, quase 80% dos criadouros estão nos imóveis residenciais e comerciais. “A mudança comportamental da população em relação à remoção dos criadouros é fundamental sempre, e mais ainda neste momento que antecede o verão e favorece o desenvolvimento do vetor”, complementa a coordenadora de Vigilância Ambiental da secretaria, Ivana Belmonte.
Os criadouros se formam em todo recipiente que acumula água parada, como pratos de vasos de plantas, lixeiras dentro e fora de casa, coletor de água e do ar-condicionado, ralos, lajes, calhas e pneus velhos, entre outros.
Dengue
A dengue é atualmente a arbovirose mais prevalente no país. É transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti e apresenta como principais sintomas febre alta com início súbito, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, náuseas e vômitos e dores nos ossos e articulações.
Via AEN
Foto: Divulgação/SESA
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