O Portal do Norte do Paraná
Política

Fim da licença-prêmio a servidores estaduais é aprovado por deputados do Paraná

Em votação no dia dos professores, os deputados aprovaram projeto de lei complementar que afeta diretamente um benefício do qual a categoria usufrui: a licença-prêmio. Por 37 votos a 13, a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) aprovou em segunda votação o PLC 9/2019, que elimina o benefício e institui a licença-capacitação aos servidores públicos estaduais.

A alteração legislativa afeta os servidores do governo – além dos professores, policiais militares, por exemplo -, mas também do Legislativo e Ministério Público.

Agora, o plc terá leitura de sua redação final na próxima sessão plenária e dependerá apenas da sanção do governador Carlos Massa Ratinho Júnior (PSD) para ter força de lei.
Os deputados aprovaram ainda, por 38 votos a 12, a subemenda do bloco governista (grupo que engloba as emendas 24, 25, 27, 32 e 33), mas rejeitaram, por 48 a 1, a subemenda do grupo oposicionista que englobava outras 25 modificações ao texto original.

Licença-capacitação

O texto estabelece o fim da licença especial automática de três meses para cada período de cinco anos trabalhados. No caso dos militares, fica excluída a licença de seis meses a cada 10 anos de serviço. Somente poderão solicitar o benefício aqueles que tiverem completado o tempo mínimo de serviço na data de publicação da lei.

O projeto também cria a chamada licença-capacitação para os servidores em período de transição. O benefício fica condicionado à realização de um curso na área em que o servidor atua. Para aqueles que ingressarem na carreira depois da publicação da lei, não haverá a licença.

Interrupção de fala

Representantes dos servidores lotaram as galerias da Alep durante a sessão plenária, se manifestando todo o tempo contra a proposta e apoiando o discurso de opositores a ela. “Essa licença não é capacitação. É enganação”, (…). É uma proposta indecente, horrível e que tem que ser reprovada no dia do professor”, criticou o deputado Professor Lemos (PT), aplaudido ao fim da fala.

Em um dos momentos mais tensos, os servidores interromperam o discurso do deputado Homero Marchese (Pros), que enumerava pontos a favor da proposta. “Eu só vou continuar quando eu puder falar”, protestou, enquanto servidores entoavam gritos de “vergonha” e “não vai falar”. Por mais de 10 minutos, Marchese tentou concluir sua fala, sem sucesso. “A plateia acabou interrompendo a democracia aqui”, lamentou o deputado.

Texto e foto: Carlos Coelho/Gazeta do Povo

Para saber os detalhes fique ligado na programação da Rádio Cultura AM 930

Postagens relacionadas

Governo lança plano de prevenção e combate à violência contra a mulher

Cobra News (User)

Nunes Marques libera para julgamento primeiras ações do 8 de janeiro

Cobra News (User)

‘Fake news pode matar’, diz Barroso ao citar campanha contra desinformação

Cobra News (User)

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você esteja de acordo com isso, mas você pode optar por não participar, se desejar. Aceitar Leia mais