Após a polêmica que se seguiu à instalação das gradis na rodoviária de Londrina, a proteção foi retirada ontem (8) pela Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), que administra o prédio.
A estrutura composta por 57 painéis de 2,43 metros custaram R$ 46 mil e agora será utilizada para espaços da rodoviária que necessitam ser cercados, como o estacionamento. A administração municipal ainda não detalhou como irão funcionar as novas instalações. Os gradis haviam sido instalados com o intuito de impedir que moradores de rua dormissem dentro do terminal rodoviário.
Os gradis tinham começado a ser instaladas na semana passada. A justificativa era de que cerca de 40 moradores de rua estavam passando a noite no local, situação que faziam com que os passageiros se sentissem intimidados.
A instalação foi alvo de manifestações por parte de instituições como o Centro de Apoio das Promotorias de Justiça de Proteção aos Direitos Humanos, em Curitiba, que encaminhou ofício ao Ministério Público (MP) de Londrina pedindo providências contra a medida. As secretarias municipais foram receberam ofícios acerca do assunto da subsecção de Londrina da Ordem de Advogados do Brasil (OAB), por meio da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos.
A CMTU se comprometeu a retirar os gradis dentro de 15 dias após uma reunião feita pelo Ministério Público na última segunda-feira (5), que também teve a presença de representantes da prefeitura, da administração da rodoviária e da Secretaria Municipal de Assistência Social. A Polícia Militar (PM) e a Guarda Municipal (GM) se comprometeram a reforçar a segurança na rodoviária em reunião realizada na terça-feira (6), também com o MP e com a presença de representantes da OAB, Assistência Social e do Movimento em Defesa dos Moradores de Rua de Londrina.
Em entrevista coletiva sobre outro assunto, o prefeito Marcelo Belinati (PP) foi questionado e disse que uma “interpretação equivocada” causou toda a polêmica.
Foto: Divulgação
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